Salário mínimo de R$ 998 terá pouco impacto no comércio, avalia economista
Novo valor ficou abaixo da estimativa que constava do orçamento da União, que era de R$ 1.006
O reajuste do salário mínimo de R$ 954 para R$ 998 terá pouco impacto no comércio, acredita o economista NormannKalmus. O decreto do novo valor foi publicado na de terça-feira (2) em edição extra do Diário Oficial da União, horas depois do presidente Jair Bolsonaro (PSL) tomar posse.
O valor ficou abaixo da estimativa que constava do orçamento da União, de R$ 1.006. O orçamento foi enviado em agosto do ano passado pelo governo Michel Temer (MDB) ao Congresso.
“Há muita histeria em relação a isso [aumento do salário mínimo]. Não muda o patamar de consumo, isso vai mudar do ponto de vista macroeconômico. [O reajuste] é pequeno no fim da contas”, diz o economista.
Normann avalia que o aumento de R$ 44 também terá menor impacto nas contas públicas. “Do ponto de vista das contas públicas quanto menor o aumento, menor o impacto. Se tenho contas públicas ajustadas ou em via de estarem ajustadas é extremamente interessante para o comércio e para a economia em geral”, afirma.
Segundo ele, com o governo gastando menos, também haverá menor pressão orçamentária e sem necessidade de aumento de tributos. O ano de 2019 é o último de validade da atual fórmula de correção do salário mínimo, que começou a valer em 2012. “Ficou bastante claro q não resolveu, continuamos tendo recessão, o salario mínimo não tem esse impacto novo”, completa.
A Constituição de 1988 estabeleceu o salário mínimo como piso de referência dos benefícios da Seguridade Social (Previdência, assistência social e seguro-desemprego).