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Política

Marun fica: Bolsonaro decide manter ex-deputado no Conselho de Itaipu

“Vou, portanto, exercendo esta função com o mesmo empenho que dediquei a todas as funções que exerci”, disse ex-ministro em mensagem via WhatsApp

Anahi Zurutuza | 02/01/2019 13:22
Carlos Marun durante visita a obras na Capital (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)
Carlos Marun durante visita a obras na Capital (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

Ex-ministro da Secretaria de Governo e ex-deputado federal, Carlos Marun (MDB-MS) ficará com cargo de conselheiro da Itaipu Binacional. Foi o próprio emedebista que anunciou no início da tarde desta quarta-feira (2) a decisão do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

“Acabo de receber uma ligação do ministro Onyx [Lorenzoni, chefe da Casa Civil] me informando que despachou com o presidente Bolsonaro e que ele decidiu não rever o ato do presidente Temer que me nomeou para o Conselho de Itaipu”, disse Marun por meio de mensagem disparada pelo WhatsApp.

O ex-ministro garantiu que vai se empenhar para fazer o melhor trabalho como conselheiro. “Vou, portanto, exercendo esta função com o mesmo empenho que dediquei a todas as funções que exerci”, completou a nota.

Pela manhã, o jornal O Estado de S. Paulo havia publica informação de que a nomeação de Carlos Marun estava por um fio. Bolsonaro não teria gostado da decisão do antecessor, Michel Temer (MDB), no apagar das luzes.

Ao Campo Grande News, Marun chegou a declarar que a notícia o desagradou. “Não vou ser hipócrita em dizer que vou gostar, mas é prerrogativa do presidente”, avaliou.

O ex-ministro e ex-deputado federal deve receber salário de R$ 27 mil para participar de reuniões bimestrais até 2020. O conselho tem seis representantes brasileiros e seis indicados pelo governo do Paraguai.

Em vídeo divulgado no último dia do ano, o ex-ministro disse que a função teria papel importante em Mato Grosso do Sul, já que a empresa vai financiar ponte entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta (Paraguai), fundamental para tirar do papel a rota bioceânica.

Currículo – Da “tropa de choque” de Temer, ele foi nomeado ministro chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, pasta responsável pela articulação política, em 15 de dezembro de 2017. Para assumir, se licenciou do cargo de deputado federal.

No dia 28 de dezembro, Marun renunciou ao mandato de deputado federal, a qual teria direito até fevereiro de 2019 e também às funções nos diretórios do MDB, tanto estadual quanto nacional.

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