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Política

Renúncia de Marun ao cargo de deputado federal é publicada em Diário Oficial

Ex-minsitro da Secretaria de Governo retornaria ao mandato, porém, assumirá cadeira no Conselho de Administração da Itaipu Binacional

Humberto Marques | 01/01/2019 13:20
Marun abriu mão do final do mandato no Congresso para assumir vaga na Itaipu Binacional. (Foto: Naiara Pontes/Segov/Arquivo)
Marun abriu mão do final do mandato no Congresso para assumir vaga na Itaipu Binacional. (Foto: Naiara Pontes/Segov/Arquivo)

A Câmara dos Deputados publicou nesta terça-feira (1º) edição de Diário Oficial que traz o pedido de renúncia do agora ex-deputado federal Carlos Marun (MDB). Licenciado do cargo para responder pela Secretaria de Governo da Presidência da República –cargo equivalente ao de ministro–, ele deixa o mandato no Congresso para assumir assento no Conselho de Administração da Itaipu Binacional, posto para o qual foi nomeado pelo presidente Michel Temer.

A nomeação de Marun foi confirmada na semana passada. Ele terá mandato no órgão até maio de 2020, em substituição a Frederico Matos de Oliveira –que renunciou ao cargo. Com a indicação, o ex-deputado sul-mato-grossense pretende conciliar os trabalhos com a advocacia. Ao Campo Grande News, havia antecipado disposição de se afastar da política, ao menos momentaneamente.

O conselho da Itaipu Binacional é formado por seis brasileiros e seis paraguaios. A estimativa é de que o salário beire os R$ 27 mil.

A renúncia ao mandato de deputado federal foi protocolada em 28 de dezembro de 2018 e acatada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia. O mandato de Marun iria até 1º de fevereiro de 2019. Sua substituição, porém, causou polêmica: seu suplente imediato, o deputado federal eleito Fábio Trad (PSD), assumirá a cadeira de Tereza Cristina (DEM), que na quarta-feira (2) assume o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), que toma posse nesta tarde.

Sucessão – O segundo suplente é o vereador de Dourados e deputado estadual eleito Marçal Filho (PSDB), que descartou assumir o mandato-tampão afirmando ser “imoral” a destinação de salários e outros benefícios que, em um mês, custariam cerca de R$ 100 mil ao erário. Ex-parlamentar federal, Marçal questionou, inclusive, a necessidade de convocações até o início dos novos mandatos: embora reconheça a previsão constitucional para tanto, contestou o chamado de suplentes em um período no qual sequer podem ser apresentados projetos.

O chamado dos suplentes, porém, deve-se à necessidade de mobilização do Poder Legislativo em caso de emergências. Com a desistência de Marçal, o ex-coordenador da Defesa Civil de Mato Grosso do Sul, Isaías Bittencourt (PRB), que disputou a eleição de 2014 para a Câmara e ficou na lista de suplentes, assumirá a vaga.

Outro suplente a ser convocado é o ex-vereador e ex-secretário de Direitos Humanos da Prefeitura de Campo Grande, Ademar Vieira Junior, o Coringa (PSD), que responderá como suplente pela cadeira hoje ocupada por Luiz Henrique Mandetta (DEM), que também renuncia ao mandato para integrar o ministério de Bolsonaro, na pasta da Saúde.

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