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Economia

Tempo seco atinge frutas e aumenta preço em até R$ 20 nas bancas da Ceasa

O saco com 25 quilos da laranja lima saiu de R$ 110 para R$ 130, por exemplo

Por Izabela Cavalcanti e Antonio Bispo | 12/09/2024 06:15
Melancia, sacos de laranka, caixas de mamão e ponkan na Ceasa (Foto: Marcos Maluf)
Melancia, sacos de laranka, caixas de mamão e ponkan na Ceasa (Foto: Marcos Maluf)

O tempo seco também tem afetado a qualidade e o preço das frutas e legumes que são vendidas aos consumidores. Na Ceasa/MS (Central de Abastecimento de Mato Grosso do Sul), por exemplo, o preço do saco da laranja aumentou até R$ 20 para os comerciantes e, por consequência, respinga em quem compra.

Conforme boletim publicado pela Ceasa, se comparar o dia 10 agosto com o mesmo período de setembro, teve reajuste no preço das frutas. O saco com 25 quilos da laranja lima saiu de R$ 110 para R$ 130; por quilo custa R$ 4,4 e R$ 5,2, respectivamente.

O quilo da melancia saiu de R$ 2,10 para R$ 2,30; a caixa de 23 quilos da banana nanica estava R$ 90 e aumentou para R$ 100, sendo R$ 3,91 e R$ 4,34 o quilo. A maçã fuji (18 quilos) saiu de R$ 140 para R$ 160, ou seja, o quilo saiu de R$ 7,7 para R$ 8,8.

Já os legumes e verduras apresentaram queda. O boletim mostra que o saco de 20 quilos da abóbora cabotiã saiu de R$ 55 para R$ 45; a caixa de 7 quilos da alface crespa saiu de R$ 45 para R$ 40; 50 quilos da batata comum, de R$ 300 para R$ 230; a caixa de 20 quilos da cenoura caiu de R$ 50 para R$ 40.

O maço da rúcula permaneceu em R$ 2,50; e a caixa com 25 quilos de tomate longa vida se manteve em R$ 90.

A equipe de reportagem foi até a Ceasa, na manhã desta quinta-feira (12), verificar os preços e a situação dos alimentos.

O gerente da Top Frutas, Jonatas dos Santos, vende cenoura, repolho, beterraba, batata doce, melancia, mamão e abacaxi.

Ele notou um aumento na melancia e no abacaxi, que está sendo vendido por R$ 6 a unidade.

Jonatas na Ceasa dando entrevista sobre o preço das frutas e legumes (Foto: Marcos Maluf)
Jonatas na Ceasa dando entrevista sobre o preço das frutas e legumes (Foto: Marcos Maluf)

“A melancia está um pouco mais cara que o normal, mas é por conta do inverno. Tudo questão de oferta e demanda. A melancia está sendo muito vendida por conta do calor e as pessoas consomem mais, quando está frio levamos dias para conseguir vender toda a carga”, disse.

Ainda de acordo com ele, para quem trabalha com legumes, quanto mais seco estiver o tempo, é melhor. “Por conta da irrigação, porque assim é possível controlar o custo de água, diferente de quando têm chuvas muito fortes, que acabam afogando e destruindo plantações”, pontuou.

O comerciante, Cícero Pedro, vende apenas mamão em sua banca. Ele explica que como não chove, a fruta para de crescer e por isso o preço aumenta.

Cícero na Ceasa dando entrevista ao Campo Grande News (Foto: Marcos Maluf)
Cícero na Ceasa dando entrevista ao Campo Grande News (Foto: Marcos Maluf)

“A qualidade fica ruim e a mercadoria fica mais fraca. Antes, se a pessoa levava duas caixas, agora ela leva uma ou meia caixa”, explicou.

Ainda de acordo com ele, atualmente, vende o produto entre R$ 3,5 e R$ 5 o quilo. A produção chega de Terenos e Jaraguari.

O produtor e comerciante, Ademir Saraiva, vende banana nanica e abóbora cabotiã. Segundo ele, a abóbora teve queda e está sendo vendida por R$ 2,25 o quilo.

“Como o preço sobe, o cliente compra menos. No meu caso, o que impactou o aumento no preço foi a chuva porque a produção vem de Santa Catarina, e como eles são principais produtores da fruta no Brasil, acaba impactando em outros estados e todo mundo aumenta o preço”, finalizou.

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