“Vivemos apagão de mão de obra”: indústria sofre sem qualificação
Presidente da Fiems, Sérgio Longen relaciona problema com benefícios sociais
A indústria de Mato Grosso do Sul tem enfrentado desafios para encontrar trabalhadores qualificados. O presidente da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), Sérgio Longen, acredita que o Estado vive “um apagão da mão de obra”.
Um dos projetos em desenvolvimento é utilizar a sala de aula das escolas públicas para poder dar cursos. “Essa é a parceria mais avançada que nós temos hoje, entendemos que é o modelo de buscarmos o berço da qualificação para atender a demanda da indústria”, pontuou durante apresentação do resultado industrial, nesta terça-feira (16).
Longen ainda alia o problema com os programas sociais disponibilizados. “É uma dificuldade grande hoje de equilibrar o benefício social, essas pessoas que vêm recebendo com a vontade das pessoas em se qualificar. Temos grandes oportunidades, a maioria gratuitas”, destacou.
Mato Grosso do Sul tinha, no ano passado, 20 mil vagas abertas por dificuldade de qualificação. A situação também pode refletir na abertura de empresas no Estado.
Juros a 13,75% - Os juros a 13,75% ao ano, conforme definido pelo Copom (Comitê de Polícia Monetária), no início de maio, é outro gargalo que preocupa a indústria. “Isso tem trazido prejuízos enormes para as empresas. São juros que são inaceitáveis”, lamentou Longen.