Candidatos do Passe UFMS se mobilizam para não atrasar para prova neste domingo
Passe é uma forma de ingresso na UFMS, que mede candidatos em prova a cada ano do Ensino Médio
Por volta das 7h40, fila de veículos era formada na Avenida Costa e Silva, em frente a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), para a realização do Passe (Programa de Avaliação Seriada Seletiva) 2023. Os inscritos se dividiram entre os que chegaram com antecedência e os que, além das dificuldades de prova, encontraram outros problemas no caminho.
O fotógrafo Julio Gama, de 47 anos, teve a difícil missão de sair do Bairro Coronel Antonino por volta das 6h, deixar um dos filhos na UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), e cruzar a cidade inteira, de carro, para trazer a filha para fazer a prova. Ao chegar, faltando vinte minutos, teve mais um empecilho, já que só tinham trazido uma caneta que não era transparente.
“Chegamos por volta das 7h, tinha muito trânsito, muita bagunça, não dava nem para entrar. Faltando 20 minutos para entrar, minha filha só tinha caneta opaca e não transparente”, relata o pai, que foi até o Atacadão, nas proximidades, em busca do material, mas o atacadista estava fechado. Ele relata que teve a sorte de encontrar um segurança do mercado que tinha uma caneta do material exigido pelo Passe, que se compadeceu e emprestou.
Natural de Sorriso (MT), a funcionária pública Maria Borges, de 38 anos, relata que saiu com antecedência do hotel que está em Campo Grande para levar o filho, que ainda não tem curso definido. "Coração de mãe fica bem apertado, porque o pessoal que saiu um pouquinho mais tarde não consegue fazer”, diz ela sobre outros inscritos que acabaram deixando de fazer a prova. Ela ressalta que deixaram preparados documentação, caneta e até os lanches, antes do filho comparecer hoje.
A analista de crédito Andreia Alves, de 42 anos, comenta que chegou com uma hora de antecedência, antes da abertura dos portões, para garantir que a filha conseguisse fazer a prova, visando o curso de Engenharia da Computação. "Ela está mais focada para essa área”. Moradora da Vila Sobrinho, chegar cedo garantiu que ela conseguisse estacionar na frente do campus, com tranquilidade.
Regiane Azevedo Rodrigues, de 34 anos, trouxe a filha Giovana, 15, e mesmo morando perto, enfrentou dificuldades na chegada. “A gente veio pela rotatória do Lago do Amor e de longe vi que estava uma fila grande. Demos a volta e entramos pelo Estádio Morenão, mas tivemos que ir a pé para não perder o horário.”
A estudante de primeiro ano Giovana Ferreira, de 15 anos, relata que estudou diversos conteúdos na escola, mas que o edital trouxe muitos temas neste ano. “Acho que sou melhor em humanas, mas acho que exatas não vai estar tão difícil. Quero fazer Medicina, e já fiz vestibular em Maringá e o Enem, como treineira.”
Segundo a UFMS, o Passe é uma forma de ingresso na universidade, que ao invés de medir o aprendizado dos candidatos em uma única prova, medirá o aprendizado ao final de cada ano do ensino médio. Desta forma, o candidato deve realizar três provas, cada uma em uma etapa do processo seletivo.