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Educação e Tecnologia

Lula convoca reunião com reitoria da UFMS para dar fim à greve

Pauta deverá ser discutida na próxima semana; paralisação já completa 34 dias

Por Gustavo Bonotto | 04/06/2024 20:56
Docentes da UFMS protestaram na Praça do Rádio, em Campo Grande, durante a tarde de ontem (3). (Foto: Paulo Francis)
Docentes da UFMS protestaram na Praça do Rádio, em Campo Grande, durante a tarde de ontem (3). (Foto: Paulo Francis)

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), convocou reunião com reitores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e do IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul) para debater o orçamento e tentar dar fim à greve dos docentes, que já duram 34 dias na Cidade Universitária e 81 no campus instalado no Bairro Santo Antônio.

A tratativa, de acordo com o Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), deve ser debatida na próxima segunda-feira (10), em Brasília (DF), com os gestores das universidades federais e institutos paralisados. A categoria pede aumento salarial de 7,06% ainda em 2024, de 9% em janeiro de 2025 e de 5,16% em 2026.

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos chegou a oferecer reajuste de 9% só em janeiro de 2025, e de 3,5% em maio de 2026. A pasta disse não haver possibilidade de aumentar a proposta. Com a negativa, mais de 65 universidades seguem em greve no país.

Na última semana, o governo assinou acordo com uma das entidades que representam os docentes visando encerrar a greve. O texto, no entanto, foi anulado pela Justiça Federal após um dos braços da Andifes recorrer em Sergipe.

Greve após 9 anos - Desde 2015 a UFMS não para. Naquele ano, a paralisação começou em 15 de junho e seguiu até 14 de outubro, com 4 meses sem aulas. A anterior, em 2012, durou 90 dias.

Os servidores do setor de educação reivindicam a recomposição salarial; reestruturação das carreiras, tanto de docentes quanto de técnicos administrativos; a adequação do orçamento é essencial para o funcionamento adequado das instituições e para a manutenção da qualidade do ensino e ampliação dos programas de assistência estudantil.

Os servidores ainda se declaram contra a “PEC 32/2020 e qualquer outra contrarreforma administrativa que siga suas diretrizes de reduzir direitos dos servidores públicos”. Também é pedido pela categoria autonomia e democracia universitária, além do fim da contribuição previdenciária de aposentados e pensionistas.

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