Na preparação para o ensino híbrido, alunos dizem preferir aprender na escola
Na Rede Estadual, a maioria diz que melhor é aula explicando a matéria
Sem dúvidas e ansiosos para o retorno às aulas presenciais, os alunos do primeiro ano do ensino médio da Escola Estadual Professora Neyder Suelly Costa Vieira, afirmam que preferem o sistema híbrido para aprenderem mais em 2021. Isso porque, após passar um ano estudando em casa, eles destacam que nada substitui a presença do professor dentro das salas.
“Em 2020 tive muita dificuldade em aprender com a aula on-line porque nada se compara com ter um professor na sala. Agora nesse, acredito que vai ser mais fácil por conta do ensino híbrido”, diz Maria Eduarda Tomicha.
Aos 14 anos, ela esteve na manhã de hoje (4), na escola para a semana do acolhimento que está sendo realizada unidades da rede estadual. Contente e sem esconder a ansiedade, Maria Eduarda relata que conseguiu entender como deve funcionar a nova metodologia, de uma semana ter aula presencial e uma on-line.
“Na semana que estivermos na escola com o professor, terei de me esforçar mais para aprender para que na outra, eu consiga fazer as atividades em casa”, comenta a estudante sobre as expectativas para esse ano.
A aluna ainda destaca que o ensino híbrido contribuirá na inclusão social. “Vai ajudar porque nem todos têm celular ou acesso a internet em casa. Além disso, a escola tem projetos de esportes como futebol. A dificuldade vai ser a adaptação para dar continuidade a esses projetos. Será um ano de muito esforço”, declara.
A Escola Estadual Professora Neyder Suelly Costa Vieira é de ensino integral e está localizada no bairro Aero Rancho, em Campo Grande. Desde que a pandemia chegou na cidade, em março do ano passado, as aulas presenciais foram suspensas e os alunos ficaram estudando em casa até dezembro. Agora, com o início de mais um ano letivo, a expectativa é com o novo método de ensino, o híbrido.
Acolhimento - A semana do acolhimento vem sendo realizada desde o dia 1º deste mês. Os alunos estão indo nas escolas, onde recebem os kits de proteção, com máscara e álcool gel, e são orientados sobre o ensino híbrido. Esse primeiro contato tem facilitado a vida dos estudantes.
“Hoje foi dia de tirar todas as dúvidas e entendi como vai funcionar. A dificuldade será não poder vir todos semana para a escola”, conta Marco Antônio Macena Alves, 14 anos. Contudo, mesmo assim ele comenta que ainda prefere a nova metodologia. “Melhor do que só ter aula on-line”.
Quem também estava com saudade da escola é Thais de Freitas Ramos, 14 anos. “Senti muita falta dos professores explicando a matéria, tirando dúvidas de forma presencial. Mesmo eles fazendo isso através da plataforma, nada se compara em tê-los na sala de aula”.
Thais afirma que sentiu muita dificuldade com as aulas remotas, mas a semana do acolhimento está sendo uma luz no fim do túnel para entender como vai ser o ensino neste ano. “Consegui entender bem a nova dinâmica. Se puder escolher, prefiro aulas presenciais”, diz.
Para Laura Naina, 15 anos, a dúvida é como ir para a escola de forma segura, já que precisa de transporte público para se deslocar até a unidade. “Minha preocupação é com aglomeração porque vou de ônibus. Mas, também quero ter aulas presenciais”.
Dinâmica - A semana do acolhimento na Escola Estadual Professora Neyder Suelly Costa Vieira está sendo realizada por turmas. Por enquanto, a unidade está funcionando apenas das 7h30 às 9h30.
“Dividimos os alunos e eles, quando estão na escola, ficam no pátio, que é uma área aberta. Eles mantêm o distanciamento, recebem os kits de proteção e são orientados sobre o ensino híbrido”, explica o diretor adjunto, José Cláudio do Carmo.
Segundo ele, na próxima semana será feita a avaliação para saber como os alunos estão e o que conseguiram aprender durante as aulas on-line de 2020. “Também vamos verificar as dificuldades deles para ter ideia de como trabalhar nesse ano”, conclui.