Programa de R$ 7,2 milhões vai premiar escolas com "boa nota" na alfabetização
Proposta do governo estadual prevê dinheiro para quem se destacar e ajuda também aos com notas mais baixas
Foi aprovado por unanimidade o projeto de lei do Poder Executivo que institui o Programa MS Alfabetiza - Todos pela Alfabetização da Criança. A proposta cria o Prêmio Escola Destaque, inspirado no Ceará e em outros 10 estados, que valorizam quem tem melhores resultados.
No Mato Grosso do Sul, serão feitas adequações, como elaboração de material didático abordando a regionalidade de Mato Grosso do Sul, formação continuada de acordo com as necessidades dos professores e, principalmente, será realizado uma avaliação diagnóstica com os estudantes do 2° ano do Ensino Fundamental.
Com esses indicadores, serão planejadas as ações que vão ser desenvolvidas em 2022, atendendo as reais necessidades dos estudantes e das escolas.
O Programa MS Alfabetiza é planejado e estruturado há mais de dois anos, com o envolvimento de vários setores da SED (Secretaria de Estado de Educação) e conta com o apoio técnico de parceiros com experiência na implantação desse programa no estado do Ceará. A justificativa é de que, no Nordeste, houve um grande avanço na alfabetização após o projeto.
Na prática, serão realizadas avaliações anuais nos alunos que cursam o 2º ano fundamental, aplicado dentro do SAEMS (Sistema de Avaliação da Educação Básica de Mato Grosso do Sul).
Como funciona?
Com os resultados, serão premiadas as escolas destaques e identificadas as chamadas “escolas apoiadas”, que receberão verba para alocar na execução de projetos e ações de melhorias da alfabetização dos seus alunos.
O programa ainda determina que cada escola premiada deverá desenvolver durante um ano, ações de cooperação técnico-pedagógico com uma das escolas apoiadas, para fazer intercâmbio de experiências e auxílio entre as escolas participantes.
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) já anexou o valor que está empenhado para o programa em 2022 e 2023.
Serão R$ 7.239.976,00 para cada ano, sendo R$ 1.839.254,00 para compra de livro didático, R$ 2.400.00,00 para premiar as 30 melhores escolas do Estado, R$ 1.800.722,00 para aplicação das avaliações anuais e mais R$ 1.200.000,00, que serão repassados para as 30 escolas com menores índices de aprendizagem, as “escolas apoiadas”.
Na Assembleia, nenhum deputado contestou a aplicação. Todos votaram favoráveis ao projeto, que deve começar a ser executado no próximo ano letivo.