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Educação e Tecnologia

Sequenciamento genômico da tuberculose pode auxiliar reduzir doença em presídios

Técnica inovadora passa a ser realizada pelo Laboratório Central em MS, no projeto em parceria com Fiocruz

Silvia Frias | 02/04/2023 13:24
Cultura realizada por profissional do Lacen/MS: mapeamento pode reduzir casos da doença no sistema prisional. (Foto: Bruno Rezende)
Cultura realizada por profissional do Lacen/MS: mapeamento pode reduzir casos da doença no sistema prisional. (Foto: Bruno Rezende)

O Lacen/MS (Laboratório Central de Saúde Pública de Mato Grosso do Sul) da SES (Secretaria de Estado de Saúde) passará a fazer sequenciamento genômico de micobactéria da tuberculose (Mycobacterium tuberculosis). Todo o treinamento será ofertado por pesquisadores da Universidade de Stanford – Califórnia, nos Estados Unidos, dentro do Projeto Estratégia de Controle da Tuberculose nas Prisões.

Além de detectar as mutações de resistência do bacilo é também um instrumento capaz de auxiliar nos estudos de transmissão da doença. A tuberculose é uma das doenças mais recorrentes no sistema prisional.

O infectologista e pesquisador da Fiocruz, Julio Croda, explica que o Lacen já fazia a cultura dos casos positivos pelo teste rápido molecular. “Agora, vai estar capacitado e fazendo esse sequenciamento para amostras do nosso projeto, mas também de outras cidades do estado”.

Resultado de uma parceria entre a SES, Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e a Universidade de Stanford – Califórnia, nos Estados Unidos, o Projeto Estratégia de Controle da Tuberculose nas Prisões é desenvolvido há 5 anos em MS.

Segundo o médico infectologista e professor da Universidade de Stanford, Jason Andrews, o projeto tem a finalidade de testar novas ferramentas e estratégias de redução da tuberculose nas prisões que possam ser adotadas em todo o Brasil e em outros países.

"Nosso objetivo é desenvolver abordagens que sejam eficazes e possam ser um modelo global para lidar com as disparidades de tuberculose em populações privadas de liberdade”, disse Andrews.

Responsável pelo estudo, Julio Croda, destaca que é importante a apresentação dos resultados para entender a melhor forma e periodicidade para ofertar o diagnóstico. “Nossa conclusão foi que precisamos ofertar com maior frequência os exames, por conta das questões ambientais desses locais”, disse, explicando que isso deve ocorrer a cada quatro meses.

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