Praticamente 'empate técnico', leitores se dividem sobre culpa da gasolina cara
Atribuição ao governo federal é feita por 48%, mas 52% acreditam que seja culpa dos estados
A maioria dos leitores que responderam última enquete do Campo Grande News, votaram que acreditam ser dos estados brasileiros a culpa pelo valor alto da gasolina. Cerca de 52% creem nessa hipótese. No entanto, a outra alternativa - que seja de responsabilidade do governo federal - é a opinião de 48%, praticamente, um empate técnico.
Essa pergunta gerou centenas de comentários nas redes sociais. A resposta com mais curtidas foi a do leitor Luís Conti, que ironiza: "a culpa é de todo mundo, menos do alecrim dourado lá em Brasília".
Além dele, o leitor Naldo Costa comenta sobre a precificação que a estatal brasileira aplica sobre o combustível, baseada no dólar americano. "A política de preços da Petrobras e o dólar em alturas. Essa política de preço atrelada ao dólar é um erro! Só serve para gerar lucro aos acionistas da Petrobras".
Outro leitor, o Deivis Monteiro, comenta sobre déficit avaliado em R$ 88 bilhões, em outras gestões federais. "Em primeiro, o desfalque de R$ 80 bilhões nos cofres da Petrobras na era PT, em segundo, o valor abusivo do ICMS em cima do preço de venda".
Por fim, o Alan Durez comenta sobre a existência do imposto estadual - que é repassado a saúde, educação, policiamento, dentre outros. "O ICMS sempre existiu, mas nem sempre a gasolina custou esse valor. A Petrobras já aumentou mais de 50% o valor da gasolina nos últimos dois anos", diz. "Mas a culpa é dos governadores", completa, de forma irônica.
Preço da gasolina - Segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), cerca de 28,1% (ou R$ 1,53) do preço da gasolina na bomba correspondia ao valor do ICMS (Imposto sobre Consumo).
No entanto, o componente que mais pesou é o valor cobrado na refinaria. Em abril, o item respondeu por 35,6% (R$ 1,95) do valor médio pago pelos motoristas.
O preço da gasolina é composto por cinco itens, conforme a ANP. São eles, o preço do produtor (as refinarias da Petrobras e importadores), o preço do etanol (o combustível que chega aos postos tem 73% de gasolina A e 27% de etanol), tributos federais (PIS, Cofins e Cide), o ICMS (que é o imposto estadual) e os valores de distribuição, transporte e revenda (dos postos de gasolina).