Atraso de salário no Comercial é de 19 dias, não dois meses, diz dirigente
O presidente do Comercial de Campo Grande, Valter Magrini, afirmou na tarde desta quinta-feira, 29, que o atraso de salário dos jogadores completa hoje 19 dias, referentes à folha de pagamento do mês de maio, e que não são dois meses sem salários como relataram as esposas dos atletas do clube em denúncia feita ao Campo Grande News.
“Elas estão equivocadas. Só não pagamos ainda o mês de maio que venceu no dia 10 de junho. Portanto, são 19 dias de atraso completados hoje. Não são dois meses”, declarou Valter Magrini.
De acordo com a denúncia das esposas, que pediram para não serem identificadas por temer represálias contra seus maridos, os jogadores estão dispostos a não treinar, caso o clube não honre o pagamento até o próximo sábado, 01 de julho, quando, segundo elas, será completado o acúmulo de dois meses em atraso, e por força do artigo 32 da Lei 9.615/98, a Lei Pelé, eles estariam desobrigados a cumprir contrato.
“É equívoco. Não tem salário acumulado em atraso, e estamos buscando solução. O Comercial não tem patrocinador, tem investidor, e os nossos investidores vão colocar o dinheiro que precisamos para colocar as contas em dia”, garantiu Magrini.
De acordo com o artigo 32 da Lei Pelé, “é lícito ao atleta profissional recusar competir por entidade de prática desportiva quando seus salários, no todo ou em parte, estiverem atrasados em dois ou mais meses”.
O Comercial está classificado para a fase de mata-mata da Série D do Campeonato Brasileiro 2017, que começaria neste final de semana, mas foi adiada pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) para os dias 9 de julho (jogos de ida) e 16 de julho (jogos de volta). Pela programação anterior, o Comercial estrearia diante do América de Natal, às 18 horas deste sábado, dia 01 de julho, no Estádio Morenão, com o confronto de volta no dia 8, em Natal, no Rio Grande do Norte.