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Esportes

Cezário diz que só está há 17 anos na FFMS e propõe união pelo futebol em MS

Paulo Nonato de Souza | 27/07/2015 15:29
Francisco Cezário de Oliveira, presidente da FFMS (Foto: Arquivo)
Francisco Cezário de Oliveira, presidente da FFMS (Foto: Arquivo)

Diante das críticas que vem recebendo do movimento “Mutirão Pró Futebol”, criado no início deste mês para propor e cobrar mudança na gestão do futebol sul-mato-grossense, o presidente da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), Francisco Cezário de Oliveira, disse que está aberto ao diálogo com seus opositores na busca de alternativas para que a modalidade no estado seja novamente forte como já foi no passado.

“Se for para o bem do futebol estou à disposição. Estou empunhando a bandeira da paz e quero uma reunião com o Arthur Mário (líder do Mutirão Pró Futebol), porque entendo que o objetivo tem que ser único, o futebol, e até já falei com o Dr. Mikimba (José Luiz Mikimba), que trabalha com ele, sobre a proposta de um encontro para que a gente busque juntos a solução ”, disse Cezário.

Segundo ele, sua história na FFMS começou na década de 1980, mas só está há 17 anos na presidência da entidade e não há mais de 30 anos como tem sido divulgado pelos opositores. “Eu era terceiro vice-presidente na gestão do Alfredo Zamlutti Junior. Quando ele pediu afastamento, o segundo vice-presidente que era o Mário Duailib não quis assumir e então eu assumi um mandato tampão. Depois disso fui eleito prefeito de Rio Negro e fiquei oito anos afastado da Federação. Estou agora iniciando o meu quinto mandato”, frisou.

Sobre a ação do “Mutirão Pró Futebol” com o abraço simbólico ao Estádio Morenão, realizado no último sábado, Cezário disse que o ideal seria promover um abraço em favor da participação do Comercial de Campo Grande na Série D do Campeonato Brasileiro. “Todo mundo sabe das dificuldades financeiras que o Comercial vem enfrentando para representar o nosso estado. Se a gente juntasse todas as forças, com certeza Mato Grosso do Sul seria melhor representado”, ressaltou o dirigente.

Cezário rebateu as críticas de que depende da FFMS para viver. “Quem me conhece sabe que isso não é verdade. Sou uma pessoa do futebol que trabalha pelo futebol, e a Federação sob o meu comando nunca dependeu de dinheiro público para pagar suas contas, apenas recebe patrocínios do Governo do Estado, desde a gestão do Zeca do PT, para ajudar nas despesas de participação dos clubes no Campeonato Estadual”, declarou.

Quanto a acusação de sistematicamente mudar o estatuto da Federação para evitar concorrência nas eleições na Federação e ser eleito por aclamação, o dirigente disse que o processo eleitoral na entidade é democrático. “Apenas seguimos um sistema que é comum em todas as federações. O próprio Arthur Mário foi candidato na eleição de 1998, mas só teve o voto dele.”, afirmou.

O ex-zagueiro Amarildo Carvalho, que também está à frente do movimento “Mutirão Pró Futebol”, é outro que acusa Cezário de impedir que ele lançasse candidatura na última eleição, antes da Copa do Mundo, com a exigência de que o candidato já tivesse exercido a presidência de algum clube profissional.“Não sou eu quem exige. Isso está na lei. O candidato tem que ter cinco anos alternados ou três anos consecutivos como presidente de clube profissional, além de não poder ter nenhum tipo de condenação judicial”, disse.

Cezário tomou posse em abril deste ano para um novo mandato que se estenderá até 2019. “Na Federação quem decide é o colegiado, que são os clubes profissionais, amadores e as ligas. O que o colegiado decide está decidido e só o colegiado pode me tirar da presidência”, finalizou.

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