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Esportes

Dono de 2 medalhas nas Paralimpíadas, Yeltsin quer se “aventurar” em maratonas

Campo-grandense concedeu entrevista nesta manhã, um dia depois de chegar de Paris

Por Clara Farias | 06/09/2024 10:16
Yeltsin é recebido com aplausos na Casa da Indústria (Foto: Marcos Maluf)
Yeltsin é recebido com aplausos na Casa da Indústria (Foto: Marcos Maluf)

Depois de desembarcar em Campo Grande com duas medalhas, ouro e bronze, nos Jogos Paralímpicos de Paris, Yeltsin Jacques Ortega, de 32 anos, projeta agora participar de maratonas internacionais e diminuir seu tempo de corrida na prova de 1.500m, na qual foi o vencedor e detentor do recorde mundial, e voltar a vencer nos 5.000m, onde foi terceiro lugar.

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“E quem sabe aí também voltar a me aventurar em uma maratona. Estou pensando que talvez Frankfurt (Alemanha) ou Londres (Inglaterra) no ano que vem. Teoricamente vai ser um ano um pouco mais tranquilo”, comentou nesta manhã durante coletiva de imprensa.

Sobre os resultados obtidos em Paris, o sorriso estampado já dizia o sentimento. “[Estou] muito feliz por tudo que foi alcançado, mas os objetivos continuam, a gente continua trabalhando muito forte, muito duro”, diz. Yeltsin comentou que pretende aproveitar o ar rarefeito da Bolívia para treinar visando o próximo campeonato mundial, previsto para o ano que vem.

O corredor contou que sofreu uma lesão na panturrilha faltando dois meses para os jogos. “Sabia que ia ser duro e a gente tinha que chegar [em Paris] bem. Estão foi difícil, não vou falar que foi fácil. Tem hora que você fala: ‘será que estou com muita dor? Será que vou conseguir correr?’. Mas a gente consegue cuidar”, completa.

Yeltsin recebe placa e mostra medalha de ouro (Foto: Marcos Maluf)
Yeltsin recebe placa e mostra medalha de ouro (Foto: Marcos Maluf)

Esporte como transformação – Inspiração para futuros corredores, Yeltsin destacou, durante a entrevista, as oportunidades conquistadas através do esporte. “Com certeza transforma a vida. A gente tem que mostrar isso para a nossa juventude, cada vez mais usar o esporte como ferramenta transformadora de vidas”.

Yeltsin também comentou que a parte mental foi fundamental para os resultados obtidos em Paris e sobre não sentir a pressão ao correr em eventos com mais de 40 mil expectadores. “Tem atleta que sofre com essa parte. Devo muito isso também ao trabalho desenvolvido pelo Comitê Paralímpico desde a seleção de jovens, onde eu tive a minha primeira competição internacional com 17 anos nos Estados Unidos”.

Yeltsin participou da coletiva ao lado atleta-guia Guilherme Ademilson, de Petrópolis (RJ), que esteve com ele na final dos 1.500. No início do evento, alunos do Sesi recepcionaram os corredores. Uma placa de congratulação foi entregue à dupla durante a cerimônia na Casa da Indústria.

Guilherme e Yeltsin durante a coletiva de imprensa (Foto: Marcos Maluf)
Guilherme e Yeltsin durante a coletiva de imprensa (Foto: Marcos Maluf)

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