Federação diz que não recebeu edital de assembleia que pode destituir Cezário
A instituição informa que também não tem como indicar quais são os clubes e associados filiados
Um dia após os clubes convocarem uma assembleia geral extraordinária para o dia 25 de julho, a FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul) alegou que não recebeu o edital. Além disso, que não sabe quais clubes assinaram o documento.
A assembleia está prevista para acontecer na Sala Maritaca do Grand Park Hotel, localizado na Avenida Afonso Pena, nº 5.282 - bairro Chácara Cachoeira. O edital é assinado por 20 clubes profissionais, oito clubes amadores e a Liga Treslagoense (amadora).
Os clubes que integram a nota usaram a prerrogativa prevista no próprio estatuto da FFMS. Eles podem convocar uma assembleia geral extraordinária ao representar mais de um terço dos filiados.
As pautas da reunião serão atualizar os clubes filiados, mudar o estatuto, destituir a gestão do presidente afastado Francisco Cezário de Oliveira e convocar novas eleições. Em resposta, a FFMS disse que "até o presente momento, não recebeu o edital de convocação de assembleia geral extraordinária oficial, com a assinatura dos presidentes subscritores".
Além disso, a FFMS informou que não recebeu a ata que nomeou a junta governativa. Esse grupo é composto por André Baird (Costa Rica); Iliê Vidal (Águia Negra); Bosco Delgado (Corumbaense) e Gilmar Ribeiro (Portuguesa) e Ítalo Milhomen representando o futebol amador. Ítalo encaminhou documento com carimbo da FFMS de que o edital foi recebido às 15h27 desta quarta-feira (17).
A assembleia do dia 7 de junho definiu o grupo para acompanhar o atual presidente Estevão Petrallás. Na ata da reunião, está descrito que os nomes listados anteriomente formariam parte da junta governativa.
Sobre a não disponibilização ou confirmação da lista de filiados, a FFMS justificou que "quando a gestão interina assumiu a FFMS, em 27 de maio de 2024, todos os documentos, computadores e arquivos da FFMS haviam sido apreendidos no bojo da Operação Cartão Vermelho e até o presente momento não foram liberados".
Assim, a Federação de Futebol não teria como apontar quem são os associados em dia e aptos a votar em uma eventual assembleia geral extraordinária, pois não está de posse dos seus arquivos. "Já foi requerido ao Gaeco - Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado a restituição de documentos, computadores e arquivos digitais. Os documentos ainda não foram liberados e, por isso, não é possível determinar quem são os associados em dia e aptos a votar".
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