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Esportes

Em “paz” há uma semana, interino propõe novos ares com mudança de prédio da FFMS

Após enxurrada de acusações, Petrallás completou uma semana de trabalho consolidado na Federação de Futebol

Por Jhefferson Gamarra | 14/06/2024 14:28
Estevão Petrallás, presidente interino da FFMS, nomado pela CBF (Foto: Paulo Francis)
Estevão Petrallás, presidente interino da FFMS, nomado pela CBF (Foto: Paulo Francis)

Há uma semana consolidado como presidente interino da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), Estevão Petrallás está empenhado em reorganizar a entidade e avançar nos preparativos para os campeonatos estaduais. Desde sua nomeação, assinada pelo presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ednaldo Rodrigues, em 27 de maio, Petrallás enfrentou críticas sobre a legitimidade de sua posse, após o afastamento do ex-presidente Francisco Cezário, acusado de desvios de recursos e preso durante a Operação Cartão Vermelho.

Na última sexta-feira, após intensas discussões e acusações, os clubes de futebol de Mato Grosso do Sul decidiram acatar a decisão da CBF e manter Petrallás no comando, sob a supervisão de um colegiado formado por representantes de cinco clubes. Estevão Petrallás descreveu seus primeiros dias como “trocando o pneu com o carro andando”, uma vez que perdeu alguns dias do mandato, que até então será de 90 dias, para se defender de acusações antes de poder focar nos trabalhos urgentes da federação.

Presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues ao lado de Petrallás na ocasião em que foi nomeado interino da FFMS (Foto: Divulgação/CBF)
Presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues ao lado de Petrallás na ocasião em que foi nomeado interino da FFMS (Foto: Divulgação/CBF)

Entre as prioridades estavam a continuidade dos campeonatos estaduais. O torneio na categoria sub-13 estava em andamento, enquanto o estadual sub-20 teve seu início adiado em uma semana devido às turbulências na federação. No entanto, ambos os campeonatos já estão com a “bola rolando”.

“Tivemos que correr contra o tempo, tínhamos muito claro que a primeira missão era reabrir os campeonatos. O sub-13 está na semifinal com quatro clubes e vai acontecer neste final de semana. O sub-20 teve início no final de semana passada. Também reativamos o site da federação que estava fora do ar, e os sistemas de registro de jogadores. A federação está funcionando como deveria ser e vai ser assim daqui para frente”, afirmou Petrallás.

Outro ponto de destaque é a definição dos detalhes para o conselho arbitral do Campeonato Brasileiro Série D, ainda indefinido quanto ao número de times participantes e vagas de acesso na edição deste ano.

Prédio onde atualmente funciona a Federação de Futebol de MS (Foto: Clara Farias)
Prédio onde atualmente funciona a Federação de Futebol de MS (Foto: Clara Farias)

A grande mudança inicial planejada por Petrallás é a troca de sede da Federação para um local mais amplo e moderno. Além de melhorar a estrutura física, a mudança visa também "mudar a energia" do local de trabalho. Embora ainda não haja um local definido, a previsão é de que até a próxima segunda-feira haja uma definição.

“Vamos mudar de sede e ir para um local mais arejado e limpo. O prédio atual é alugado há muito tempo, estamos trabalhando nos trâmites para entregar o espaço. Até porque não tem ambiente, a energia do espaço é muito ruim”, justificou o presidente interino.

Sobre os questionamentos acerca de sua nomeação, Petrallás afirmou que são "águas passadas", lembrando que Francisco Cezário, que está em prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica, ainda é oficialmente presidente da federação, mas garantiu que promoverá mudanças no estatuto para evitar perpetuação no poder.

“Temos o conselho consultivo, que agora faz parte do organograma. Eles estão colaborando muito, tudo que podia restar de dúvida cessou. Os clubes têm interesse em não deixar o futebol parar. Está tudo superado, eu sou presidente de todos. Mas não podemos esquecer que o Cezário ainda é presidente, a operação segue, mas ninguém vai mais se perpetuar no comando, vamos promover a reforma estatutária e o presidente terá 4 anos no máximo, podendo ser reeleito apenas uma vez”, assegurou Petrallás.

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