Defesa pede arquivamento de processo contra Estevão Petrallás
A defesa do atual presidente da Federação de Futebol tinha até esta segunda-feira para apresentar o documento
A defesa do presidente interino da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), Estevão Petrallás, enviou o documento com os argumentos contrários a medida inominada. O prazo terminava nesta segunda-feira (10). O julgamento sobre a inelegibilidade do ex-presidente do Operário será nesta terça-feira (11), às 11h, na Câmara Municipal de Campo Grande.
O advogado é Rafael Meirelles, que acompanhou Estevão na reunião com o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ednaldo Rodrigues, no dia 27 de maio. No mesmo dia, Petrallás foi nomeado como interino.
O pedido é de arquivamento do processo e a manutenção de Estevão como presidente da FFMS. Os argumentos citados pela defesa afirmam que o processo é exclusivamente contra a Liga de Futebol Profissional de Mato Grosso do Sul. "Como não integrava mais a Liga [na época do processo] o requerido [Estevão Petrallás] sequer tomou conhecimento da ação".
O advogado Rafael complementou que "por motivos desconhecidos", a Liga não apresentou a defesa no prazo e foi condenada no dia 14 de fevereiro de 2019. "Não existe condenação do Sr. Estevão Antonio Petrallás por atos de improbidade, má-gestão, por não entrega de prestação de constas etc. Em nenhum momento houve qualquer declaração administrativa ou judicial nesse sentido, sendo que as certidões cíveis e criminais do requeridos são negativas".
Por fim, a defesa afirmou que há uma confusão entre a pessoa jurídica condenada (Liga) e a pessoa física. Assim, seria improcedente os pedidos de tornar Estevão inelegível e nomear um novo nome para a FFMS.
Confira o documento abaixo com a defesa de Estevão Petrallás:
Denúncia - O Esporte Clube Comercial denunciou o presidente Interino Estevão Petrallas à Procuradoria-Geral Desportiva, alegando que ele não poderia ter sido indicado devido a irregularidades durante sua gestão na Liga de Futebol Profissional de Mato Grosso do Sul. Estas incluem a falta de prestação de contas de um convênio com a Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul), resultando em uma cobrança de R$ 40.878,97 que foi judicialmente confirmada após o presidente não se manifestar. Atualmente o valor está em cerca de R$ 117 mil.
A Procuradoria considera que essas alegações justificam um julgamento pelo Tribunal de Justiça Desportivo, pois Petrallás violou a Lei Geral do Esporte (Lei Federal 14.597/2023) e estatutárias da FFMS. O procurador-geral Adilson Viegas reconheceu que Estevão estaria inelegível e impedido de exercer o cargo na FFMS. Na medida encaminhada ao TJD, ele pediu que Estevão fosse declarado inelegível e que o Tribunal indicasse outro presidente interino para CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
Primeira vitória - Na sexta-feira (7), Petrallás teve a 'primeira vitória' após ter seu nome confirmado para seguir como presidente interino da FFMS. Durante a assembleia geral, Estevão conseguiu 25 votos favoráveis (entre clubes profissionais e amadores) e quatro contrários. Além disso, ficou definido que a gestão interina será seguida por um grupo de presidentes.
O grupo de fiscalização dos trabalhos do ex-presidente do Operário à frente da federação será composto por: André Baird (Costa Rica); Iliê Vidal (Águia Negra); Bosco Delgado (Corumbaense) e Gilmar Ribeiro (Portuguesa) e Ítalo Milhomen representando o futebol amador.
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