Clubes demonstram desconhecimento do estatuto e desorganização em assembleia
Com o futebol em turbulência após a prisão do presidente da FFMS, assembleia discute futuro da entidade
Em um cenário de total turbulência desde a Operação Cartão Vermelho que resultou na prisão do presidente da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), Francisco Cezário, representantes de clubes se reúnem nesta sexta-feira (7) em uma assembleia geral extraordinária para debater os rumos da entidade.
A reunião, que teve início com atraso e muita desorganização, conta com a presença de 24 clubes profissionais, cinco amadores e alguns representantes de ligas. A principal pauta é a nomeação do interventor Estevão Petrallás pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol), uma decisão que não foi bem recebida pelas equipes sul-mato-grossenses.
Além disso, os representantes desejam destituir toda a diretoria eleita em 2022 e liderada por Cezário.
Logo no início, a assembleia enfrentou problemas devido ao desconhecimento do estatuto da FFMS, resultando em uma votação preliminar para decidir quem tinha direito a voto. De acordo com o estatuto, qualquer entidade filiada à FFMS pode votar, mas a falta de clareza sobre os critérios específicos complicou a situação.
O encontro, convocado pelo Esporte Clube Comercial e presidida pelo advogado Reinaldo Leão, manifestou descontentamento com a nomeação de Petrallás, questionando os critérios utilizados pela CBF. Caso a maioria dos presentes decida pela destituição do interventor, a decisão será encaminhada ao TJD-MS (Tribunal de Justiça Desportiva de Mato Grosso do Sul), que posteriormente a enviará à CBF.
Se houver concordância entre os clubes e a Confederação Brasileira de Futebol, a portaria que designou Petrallás será revogada, e um novo presidente interino ou interventor será nomeado. Caso contrário, a CBF pode optar por manter Petrallás no cargo, uma vez que possui autoridade máxima sobre a FFMS.