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Esportes

Palmeiras leva gol nos acréscimos e perde do Barcelona na Libertadores

Ciro Campos (Estadão Conteúdo) | 05/07/2017 22:45
Palmeiras começou com derrota o mata-mata da Taça Libertadores (Foto: GloboEsporte/ Reuters)
Palmeiras começou com derrota o mata-mata da Taça Libertadores (Foto: GloboEsporte/ Reuters)

Após ficar marcado na Copa Libertadores pelos gols marcados nos instantes finais, o Palmeiras provou do veneno da pior forma nesta quarta-feira. No jogo de ida das oitavas de final, fora de casa, e com o empate na mão, o time levou um gol do Barcelona, do Equador, aos 46 minutos do segundo tempo. Com a derrota por 1 a 0, começou atrás no confronto.

A cartilha de empatar fora de casa para decidir como mandante na volta norteou a proposta do Palmeiras, em Guayaquil. Embora pudesse ter atacado mais, o time optou por neutralizar o adversário e segurar o placar em 0 a 0. A tarefa estava cumprida até um chute de Álvez passar pelo meio da defesa, desviar no meio do caminho e entrar no canto. O jogo de volta será dia 9 de agosto, no Allianz Parque.

A grande expectativa do Palmeiras por finalmente retomar a disputa da Libertadores após seis semanas terminou em um jogo pouco atrativo. A partida monótona sem dúvida ficou muito mais ao gosto do time paulista, punido no fim por não ter sido mais ousado e tentado ameaçar mais.

Durante os 90 minutos do tempo regulamentar, o Palmeiras se mostrou satisfeito e acomodado com o andamento da partida. O empate sem gols virou uma zona de conforto sem a necessidade de se arriscar mais. Só depois do gol equatoriano a equipe quis acordar. Mas já era tarde demais para reação.

Antes do jogo começar o Palmeiras teve de superar um contratempo de última hora. No dia do jogo, o técnico Cuca ficou sem o meia Guerra, um dos destaques da equipe nos últimos jogos. A baixa levou Zé Roberto a ganhar vaga como meia, uma das quatro grandes mudanças do Palmeiras.

O treinador surpreendeu ao optar pelo meia Tchê Tchê na lateral-direita, Luan na zaga e Borja no ataque. Apesar das modificações, o time demonstrou bastante organização e velocidade para anular o rápido ataque do Barcelona.

Os equatorianos não conseguiram tirar proveito do gramado de aspecto ruim e conseguir pressionar no primeiro tempo. A bola se perdia em passes errados e era pouco recuperada pelo Palmeiras. Na única vez em que aproveitou a chance, o time conseguiu contra-ataque concluído por Willian. O goleiro desviou e a bola tocou a trave.

O Barcelona voltou para o segundo tempo menos acomodado e disposto a sufocar em busca do gol. Para essa ambição se concretizar, foram várias armas. Jogadores se atiraram dentro da área para cavar pênalti e os chutes a gol vinham a todo momento, mesmo sem direção.

A postura manteve o Palmeiras recuado. Somente aos 27 minutos da etapa final a equipe conseguiu finalizar, em nova chegada de Willian. Embora pouco ofensivo, o time paulista parecia de acordo com o andamento do jogo, pois conseguia administrar o empate com relativa comodidade.

Nos minutos finais, o Palmeiras se agarrou ao resultado com todas as forças. Cada segundo ganho com enrolação passou a cooperar pelo empate, que já estava bem próximo quando o Barcelona marcou. O resultado premiou quem insistiu e quis jogar e puniu quem abdicou de buscar o ataque por estar acomodado com o resultado.

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