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Esportes

Resiliente, Gabriela Mendonça correrá os 100 metros nos Jogos Paralímpicos

A prova da sul-mato-grossense nascida em Campo Grande está marcada para 3 de setembro

Por Gabriel de Matos | 27/08/2024 14:45
Gabriela Mendonça com o uniforme da equipe de atletismo após treino na França (Foto: Acervo Pessoal)
Gabriela Mendonça com o uniforme da equipe de atletismo após treino na França (Foto: Acervo Pessoal)

A atleta Gabriela Mendonça, de 26 anos, é mais uma sul-mato-grossense a disputar os Jogos Paralímpicos de Paris 2024 a partir desta quarta-feira (28). Ela pratica atletismo desde os 13 anos e correrá a prova de 100 metros da classe T13 (atletas com baixa visão), que está marcada para o dia 3 de setembro.

Gabriela iniciou no esporte aos 13 anos, treinando com o professor Daniel Sena em 2011. Após alguns anos foi morar em São Paulo para buscar uma estrutura melhor, crescimento pessoal e profissional. E, depois de um tempo, em 2021, voltou a Campo Grande, retomou os treinos com o mesmo professor Sena.

Ela relembra o percurso até conseguir chegar à elite paralímpica. “Eu acompanhei todo o processo de desenvolvimento do projeto que o Daniel Senna criou, muita coisa cresceu e evoluiu, os atletas agora têm uniforme, estrutura, equipamentos e aparelhos que ajudam no desempenho”.

Gabriela treinando na França para os Jogos Paralímpicos (Foto: Acervo Pessoal)
Gabriela treinando na França para os Jogos Paralímpicos (Foto: Acervo Pessoal)

A atleta contou, também, as frustrações ao longo dos anos e cita que quase desistiu do esporte após ficar fora da última edição de Jogos Paralímpicos. "Eu estava bem frustrada com alguns acontecimentos. Esporte não é fácil e nunca será, então eu vinha de umas sequências de frustrações com o esporte, lesões, treinos que não encaixavam, resultado que não saía, fiquei fora dos jogos de Tóquio em 2021, porque passei por uma classificação visual uma semana antes e mudei de categoria e isso me tirou das Paraolimpíadas, fiquei desgastada emocionalmente e fisicamente com tudo".

Depois disso, ela começou 'do zero' para conseguir a vaga em Paris. Em Campo Grande, ela treinou no Sprint Social e atualmente ela defende a equipe do Sesi, em São Paulo (SP).

Gabriela com medalhas após ganhar Meeting Paralímpico (Foto: Divulgação)
Gabriela com medalhas após ganhar Meeting Paralímpico (Foto: Divulgação)

O projeto Sprint Social – Paratletismo & Atletismo de Inclusão proporciona uma nova perspectiva de futuro, através do esporte, para mais de 150 atletas e paratletas. O projeto surgiu em 2005 com o propósito de treinar crianças e adolescentes. Na época, recebeu o primeiro nome “Seninha Atletismo”, por causa do fundador, Daniel Sena, professor de educação física há dezenove anos.

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