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Esportes

Rostov on Don faz últimos reparos para ser invadida pelos brasileiros

A cidade fundada em 1749, no sul da Rússia, tem 1,2 milhão de habitantes e vive a glória de receber o jogo de estreia do Brasil na Copa do Mundo de 2018

De Rostov on Don, no sul da Rússia, Paulo Nonato de Souza | 13/06/2018 12:12
A quarta-feira foi um dia de teste de som e últimos reparos com os preparativos finais na Rostov Arena, o estádio que vai receber o jogo de estreia do Brasil na Copa do Mundo (Foto: Paulo Nonato de Souza)
A quarta-feira foi um dia de teste de som e últimos reparos com os preparativos finais na Rostov Arena, o estádio que vai receber o jogo de estreia do Brasil na Copa do Mundo (Foto: Paulo Nonato de Souza)

Com sol de estalar mamona e temperatura acima dos 30ºC, a cidade de Rostov on Don, na região sul da Rússia, está nos últimos preparativos para receber a Seleção de Brasileira a partir desta sexta-feira, 15, para o jogo de estreia na Copa do Mundo de 2018, contra a Suíça, domingo, 17, às 14h (MS).

A cidade de calor escaldante neste verão russo, localizada às margens do Rio Don, um dos maiores rios da Rússia com 1.950 km de extensão, tem os primeiros raios de sol a partir de 4h30 e só anoitece depois das 21h. É neste clima quente de nada a dever às regiões mais calorentas do Brasil que Rostov on Don se prepara para receber a Seleção Brasileira.

Por duas vezes ocupada por soldados nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, Rostov on Don desta vez espera por uma invasão de paz com a chegada dos torcedores brasileiros. “Queremos receber milhares de brasileiros, e não há dúvida de que isso vai acontecer porque todos os ingressos foram vendidos. Vai ser uma honra para nós ter aqui o jogo do Brasil”, declarou Alexander Shapovalov, do Comitê Organizador da Copa em Rostov on Don.

Escadarias de um dos acessos dos torcedores ainda com muita sujeira nesta quarta-feira (Foto: Paulo Nonato de Souza
Escadarias de um dos acessos dos torcedores ainda com muita sujeira nesta quarta-feira (Foto: Paulo Nonato de Souza

Esta quarta-feira, 13, foi um dia de testes de som, últimos reparos e limpeza na Rostov Arena, um estádio construído a poucos metros do Rio Don com capacidade para 45 mil pessoas e que teve investimento de US$ 350 milhões (algo em torno de R$ 1,5 bilhão). Nas escadarias de acesso dos torcedores pela rodovia Lovoberezhnaya Ultsa, por exemplo, havia muita sujeira de caixas vazias, pedaços de madeiras e sobras de cimento.

A festa e o barulho característico dos brasileiros nas ruas de Rostov são aguardados a partir de sexta-feira, mas como em todas as Copas do Mundo o clima já é de confraternização nas áreas reservas pela Fifa para reunir os torcedores sem acesso aos estádios nos dias de jogos. Tem sido comum os pedidos de fotos com estrangeiros, apesar da dificuldade de comunicação pelo fato de que os russos se recusam a falar outro idioma que não seja o russo.

Na Praça Soviética, em frente do prédio da prefeitura, no centro de Rostov on Don. Próximo de uma espécie de corredores de bandeiras, as pessoas se juntaram ao longo do dia para fotografar uma as outras, fazer selfies e tirar fotos com estrangeiros.

“É muito legal tudo isso. A gente tem a nossa vez de celebridade, não só Cristiano Ronaldo, Neymar e o Messi (risos)”, disse o português João Francisco Santos. Ele é da região do Porto e disse que sempre viaja para ver a Copa, e sempre atrás do Brasil. “Estou desde ontem em Rostov on Don para conhecer a cidade e ver a Seleção Brasileira jogar. Ninguém no mundo joga igual ao Brasil. Só os brasileiros não enxergam isso”, comentou.

Senhoras russas aproveitam para fazer o registro da Copa do Mundo na área reservada pela Fifa no centro de Rostov on Don (Foto: Paulo Nonato de Souza)
Senhoras russas aproveitam para fazer o registro da Copa do Mundo na área reservada pela Fifa no centro de Rostov on Don (Foto: Paulo Nonato de Souza)

Com uma população de 1.2 milhão de habitantes, Rostov on Don é um dos principais centros educacionais da Rússia com várias universidades, que anualmente recebe inclusive muitos brasileiros. “Fiz meu curso universitário em Rostov e aqui vivi durante sete anos. Estou novamente morando em Luanda, na minha terra, mas não poderia deixar de vir a Rostov, uma cidade que tanto gosto, para ver o Brasil jogar”, afirmou o angolano João Gomes, uma das “celebridades” nesta quinta-feira na praça da Prefeitura.

A Copa do Mundo na Rússia vai começar nesta quinta-feira com o jogo inaugural entre a seleção anfitriã e a Arabia Saudita, às 11h (MS), no Estádio Luzhnik, em Moscou. No total, o Mundial tem onze cidades-sede, todas na parte oeste do país, e 12 estádios.

Bola gigante às margens da rodovia de acesso ao estádio em Rostov on Don, a cidade está no clima da Copa do Mundo (Foto: Paulo Nonato de Souza)
Bola gigante às margens da rodovia de acesso ao estádio em Rostov on Don, a cidade está no clima da Copa do Mundo (Foto: Paulo Nonato de Souza)

Moscou, a capital russa, terá jogos em dois estádios, o Spartak e o Luzhniki. As cidades escolhidas foram: Os demais estádios estão localizados em São Petersburgo, Kazan, Nizhny Novgorod, Samara e Sochi, Saransk, Rostov-on-Don, Ekaterinburg e Volgograd.

Na primeira fase a Seleção Brasileira vai jogar em Rostov on Don, São Petersburgo e Moscou. O Brasil está no Grupo E, junto com Suíça, Costa Rica e Sérvia, e vai enfrentar seus rivais nos dias 17, 22 e 27, respectivamente. No total a Copa terá 64 jogos envolvendo as 32 seleções, e a grande final será no dia 15 de julho no mesmo local e horário do jogo de abertura.

POR DENTRO DA COPA – Com o enviado especial Paulo Nonato de Souza, o Campo Grande News estará nos passos da Seleção Brasileira e de todos os acontecimentos que vão envolver o Mundial da Rússia. Veja esta e outras notícias no Canal Copa 2018.

Na onda de "celebridades", até eu fui requisitado para fotos. Nessa aí com o angolano João Gomes, um fã do futebol brasileiro, no co centro de Rostov on Don (Foto: Lena Basich)
Na onda de "celebridades", até eu fui requisitado para fotos. Nessa aí com o angolano João Gomes, um fã do futebol brasileiro, no co centro de Rostov on Don (Foto: Lena Basich)

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