Sonho e realidade: Do Aero Rancho à Copa Rio de Beach Tênnis em Niterói
“Bom de Bola, Bom na Escola”. O projeto social tem feito história com sua escolinha de beach tennis para crianças e adolescentes do bairro Aero Rancho, em Campo Grande. Desde ontem, uma equipe de 15 jovens do projeto participa da Copa Rio Beach Tennis, na praia de Piratininga, em Niterói, no Rio de Janeiro. A competição prossegue neste sábado e se estenderá até amanhã.
Mesmo distante do mar, o projeto ensina a prática do beach tennis para cerca de 50 pessoas com idade entre 9 e 18 anos em “praia” improvisada no bairro Aero Rancho. Tudo começou no estacionamento da Escola Estadual Sílvio Oliveira dos Santos, no cimento mesmo, depois a própria comunidade se juntou para limpar e criar uma quadra de areia na praça localizada próxima da escola.
E como realização de um sonho pessoal e esportivo, todo esforço financeiro foi feito para chegar ao evento que é considerado o maior da modalidade j;a fealizado no Brasil, com 708 atletas de 12 países.
“Fizemos um torneio de futsal, um de beach tennis e até uma galinhada para juntar o dinheiro e disputarmos esse torneio”, disse Luzélia Oliveira, fundadora e madrinha do projeto, além de coordenadora e atleta da equipe na competição. Ela participar da Copa na categoria profissional com Dannyella Castenedo.
A Copa Rio distribuirá US$ 10 mil em premiação e contará com alguns dos maiores jogadores de beach tennis do mundo, como o italiano Alex Mingozzi, ex-líder do ranking mundial (atual 29º) e recordista de títulos, com mais de 150 conquistas.
Histórico – O projeto “Bom de Bola, Bom na Escola”, segundo a idealizadora, a professor e atleta Luzélia Oliveira, nasceu da idéia de usar o beach tennis para motivar os alunos a melhorar as notas na escola.
“No começo tínhamos quatro raquetes e poucas bolas que eram minhas, e a procura era grande. Lancei o projeto na rede social e a escola cobrou a questão das notas, porque os alunos estavam muito abaixo do ideal. No fim conseguimos as duas coisas, pois atletas de todo o país doaram materiais e os alunos melhoraram as notas”, disse Luzélia.