Yeltsin desembarca na Colômbia para treinar na altitude de 2 mil metros
O atleta que está classificado para os Jogos Paralímpicos de Paris ficará no local até o dia 18 de fevereiro
Depois de fazer avaliações no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo (SP), Yeltsin Jacques agora está na cidade de Bogotá, na Colômbia. Ele desembarcou nesta quinta-feira (25) e ficará em treinamento na altitude de 2.000 metros até o próximo dia 18 de fevereiro.
O treinador de atletismo Cássio Damião, que também acompanha a equipe, contou que treinos em altitude são tradicionais para atletas que disputam maratonas e provas de fundo e meio-fundo.
O CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro) e a CBAT (Confederação Brasileira de Atletismo) são as instituições que organizam a Seleção Brasileira da modalidade. Além do atleta campo-grandense, o paulista Júlio Agripino (T11); a piauiense Antônia Keyla (T20, deficiência intelectual) e a baiana Edneusa Dorta (T12, deficiência visual) também desembarcam. A equipe também é acompanhada por cinco atletas-guias.
Após o período na Colômbia, os atletas passarão por nova bateria de testes para avaliar como o corpo de cada um deles reagiu ao período de treinos. “Se o atleta consegue melhorar 1% durante a preparação, essa pode ser a vantagem que ele precisa para conseguir uma medalha”, explicou Cássio. Logo em seguida, no dia 25 de fevereiro, os atletas participam do Desafio CPB/CBAT no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, competição organizada em conjunto com a Confederação Brasileira de Atletismo e que é disputada ao lado de atletas sem deficiências.
Segundo o coordenador do departamento de Ciência do Esporte do CPB, Thiago Lourenço, o principal objetivo do treino na altitude é estimular o organismo a produzir mais glóbulos vermelhos e hemoglobina. Com isso, a captação e o transporte de oxigênio são aumentados, potencializando a produção de energia para os músculos dos atletas.
“Além disso, a altitude e sua menor disponibilidade de oxigênio no ar ambiente também geram melhoras em estruturas musculares, como as mitocôndrias, nossas fábricas de produção de energia. Feito isso, nosso organismo, quando retorna a altitudes menores, onde a disponibilidade de oxigênio é maior, está melhor preparado para produzir mais energia. Para os corredores, isso gera uma maior velocidade de corrida”, completou.
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