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A missão espinhosa de Marun

Marta Ferreira | 16/12/2017 07:00

Casa cheia - No discurso em que saudou Carlos Marun como seu novo ministro da Secretaria de Governo, Michel Temer disse ter ficado preocupado com a possibilidade de o evento ficar esvaziado, já que a posse realizada na sexta-feira deveria ocorrer no dia anterior. “Não só estão todas as cadeiras ocupadas como tem multidão em pé”, disse o presidente, impressionado com o quorum.

CaravanaParlamentares sul-mato-grossenses, capitaneados pelo deputado estadual Márcio Fernandes (PMDB), lideraram caravana com cerca de 130 pessoas que foi até Brasília na quinta prestigiar a posse de Marun. Com o adiamento da solenidade, em virtude de problemas de saúde de Temer, eles tentaram garantir a posse do ministro até pelo presidente da Câmara. Tiveram de esperar.

Piada - Em ritmo de despedida, integrantes da CPI do Táxi passaram apelaram a ironia com depoentes. “CPI no Natal juntou a família. Acho que vai ser parente de todo mundo [Sandim]. A festa do final do ano tinha que ser na casa da senhora”, disse o presidente da comissão,Vinícius Siqueira (DEM), a uma taxista.

Te conheço - Mesmo que investigados com sobrenome Sandim e Oshiro negassem parentesco ou mesmo se conhecerem, o vereador Francisco Carvalho, o veterinário Francisco (PSB), fez questão de relembrar quando trabalhou na década de 70 em loja de departamentos. “Éramos em 13 vendedores e tínhamos três Sandim. Parece que gostam de estar agrupados”, ironizou, sobre ponto de táxi que concentrava pessoas de mesmo sobrenome que supostamente dividiam ponto na Avenida Joaquim Murtinho com Bahia ‘sem se conhecer’.

Fiscal do Natal - O prefeito Marquinhos Trad (PSD), nessa semana, fez questão de observar de perto se todas as decorações natalinas estão funcionando. Não bastou acender luzes na 14 de Julho e Camelódromo já seguiu para a Cidade do Natal. “Vou fiscalizar para ver se tudo está funcionando”, ressaltou.

TaquicardiaEm meio ao discurso, Temer elogiava Antônio Imbassahy (PSDB-BA), ex-ministro que, segundo o presidente, “fala com o coração”. Imediatamente, o presidente se dirigiu para Marun e pediu ao novo ministro que “prepare o coração para as coisas que vou lhe contar”.

Tema espinhoso - A tarefa do novo ministro é mesmo complicada. A pasta que Marun vai comendar chefia a articulação política de Temer, cuja missão principal dos próximos meses é aprovar a polêmica reforma da previdência.

Assunto único - Assim como a posse atraiu bastante gente, logo após Marun concedeu uma entrevista coletiva de 15 minutos em já foi possível sentir a pressão dos próximos tempos. Os jornalistas que cobrem o Planalto praticamente só perguntaram das mudanças na lei previdenciária.

Melhor assim - O deputado federal Elizeu Dionízio (PSDB) achou melhor adiar a votação da reforma da previdência federal. Para ele, foi uma decisão sensata em razão da complexidade do tema. “Não dá para se votar no afogadilho', resumiu.

Responsabilidade dividida – O deputado comenta, também, que a proposta não termina na Câmara dos Deputados, já que se for aprovado precisa passar pelo Senado. “Será que os senadores vão votar o tema nas vésperas da eleição?', questiona.

(Com Leonardo Rocha, Humberto Marques e Kleber Clajus)

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