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Após contratações polêmicas, Proinc ganha nova regra

Anahi Zurutuza e Caroline Maldonado | 13/08/2022 07:00
Funsat é a responsável pelas contratações por meio do Proinc (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)
Funsat é a responsável pelas contratações por meio do Proinc (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)

Nova regra - Quem quiser tentar uma vaga no Proinc (Programa de Inclusão Profissional) da Prefeitura de Campo Grande terá que estar inscrito no CadÚnico (Cadastro Único do Governo Federal). A mudança foi instituída por portaria da Funsat (Fundação Social do Trabalho), publicada nesta sexta-feira (12), depois que circulou na internet lista de empregados com nomes de jovem formado em Engenharia Civil e influenciadora digital, cujas postagens não indicam vulnerabilidade social.

Mesma renda - A novidade, porém, não vai surtir efeito, se a intenção era limitar o ingresso no programa por questão de renda. A lei do Proinc já estabelece que o candidato tenha renda familiar per capita não superior a um quarto de salário mínimo – hoje, R$ 303 –, enquanto que para se inscrever no CadÚnico, é preciso ter renda mensal por pessoa de até meio salário mínimo (R$ 606).

Dentro da lei - Para evitar suposições de uso da máquina pública em campanha eleitoral, o prefeito de Costa Rica, Cleverson Alves, o “Delegado Cleverson” (PP), decidiu pedir licença do cargo por três meses. Assim, ele poderá ajudar na campanha do candidato ao governo Eduardo Riedel (PSDB).

Retribuição - O prefeito pretende arregaçar as mangas, a partir da semana que vem, e fazer visitas pedindo voto como forma de retribuição pelo que Riedel já fez pelo município, quando foi secretário de Governo e, também, de infraestrutura. Além do mais, o partido do prefeito foi coligado com o PSDB, nas eleições de 2020, em que Cleverson foi eleito.

Efeito contrário - O que Cleverson não imaginava era que a licença fosse repercutir tanto. “Fiz isso justamente para evitar o ‘disse me disse’, mas teve efeito contrário. Tentaram distorcer tudo, mas não me preocupo com isso”, disse à coluna, ao comentar publicações de sites locais que fizeram diversas suposições sobre o pedido de licença feito pelo prefeito à Câmara Municipal, como determina a lei.

Em causa própria – Proposta pelo vereador Sandro Benitez (Patriota), a criação do “Dia Municipal do Médico Nutrólogo”, a ser comemorado em 15 de setembro, ainda deve ser analisada pela Câmara de Campo Grande. Na longa justificativa apresentada para o projeto, o parlamentar só não mencionou que quando não está legislando, exerce exatamente essa especialidade médica.

Dia da Cerveja – O vereador Otávio Trad (PSD) gastou o latim em quatro folhas A4 para justificar porque Campo Grande precisa ter o Dia Municipal da Cerveja, a ser comemorado na primeira sexta-feira de agosto. O projeto não explica, porém, porque o dia da semana e o mês foram os escolhidos.

Medalha – O subtenente do Bope (Batalhão de Operações Especiais), Carlos Alberto dos Santos Aragaki, de 45 anos, que precisou amputar uma perna após ser atingido por um tiro de fuzil em missão na fronteira, será homenageado pela Câmara de Campo Grande. O presidente da Casa, vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), determinou a outorga da medalha Dr. Rui de Oliveira Luiz ao PM por ele “ter se destacado no combate à criminalidade”.

Procurados – O Ministério da Justiça e Segurança Pública atualizou a lista dos 10 criminosos mais procurados do Brasil e dois deles têm ligação com Mato Grosso do Sul: Juanil Miranda Lima, acusado de fazer parte da milícia investigada na Operação Omertà, e “Leozinho” ou “Playboy”, aliado do traficante Fernandinho Beira-Mar.

Fronteira – De acordo com o jornal Extra, Leomar de Oliveira Barbosa, o Leozinho, cumpria pena num presídio de Goiás. Preso em 2011 em uma operação da Policia Federal, ele conseguiu sair, após decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) brasileira apesar de ter condenações por vários crimes. Ele nasceu em Ponta Porã.

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