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Bate-boca com advogado não foi primeiro da carreira de juiz

Anahi Zurutuza e Jackeline Oliveira | 22/05/2023 06:00
Juiz Carlos Alberto Garcete na audiência de sexta-feira, dia 19. (Foto: Paulo Francis)
Juiz Carlos Alberto Garcete na audiência de sexta-feira, dia 19. (Foto: Paulo Francis)

Reincidência – A briga entre o juiz Carlos Alberto Garcete, titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri, e o advogado Willer Almeida, durante audiência no Fórum de Campo Grande, por óbvio, não foi a primeira que o magistrado com 24 anos de carreira teve com defensores. Em 2009 e 2011, a OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso do Sul) advertiu Garcete por condutas consideradas arbitrárias contra os advogados Carlos Magno Souto e Valdir Custódio da Silva, respectivamente.

Multa – Para Magno, o juiz aplicou multa de 10 salários mínimos – R$ 4.647,20 à época – por “abandono de causa” porque o criminalista faltou a audiência onde seriam ouvidas testemunhas de acusação contra seu cliente. O então presidente da OAB, Fábio Trad, classificou a medida como “autoritária, ultrapassada e inconstitucional”.

Dois lados – Já a Amamsul (Associação dos Magistrados de Mato Grosso do Sul) saiu em defesa de Garcete, considerando a postura da OAB precipitada. A Ordem chegou a promover uma sessão de desagravo, momento em que a classe é conclamada a se solidarizar com o colega supostamente ofendido no exercício da profissão.

Clamor popular – Assim como os ânimos ficaram exaltados na sexta-feira (19), durante fase de instrução de processo com grande clamor popular, em 2011, a atitude considerada desrespeitosa com Valdir Custódio aconteceu durante audiência do “Caso Rogerinho”, também polêmico. O advogado defendia o réu por matar garotinho de 2 anos com tiro, durante briga de trânsito.

Deixar baixo? Jamais – Willer Almeida, que integra a defesa de padrasto acusado de estuprar e matar enteada de 2 anos, bateu boca com Garcete em plenário depois que decidiu servir copo de água a uma testemunha que chorava muito durante depoimento e foi advertido pelo magistrado. Além de parecer “gostar” desse tipo de situação, já que até publicou em rede social discussão que teve com promotor, seis semanas antes, o advogado não deixou o assunto morrer neste fim de semana. Em postagens no Instagram, apareceu mais de uma vez servindo água a alguém e ironizando. “Eu vim para servir liberdade, água e humanidade”, disse em legenda de foto.

De gato para lebre – Quem também está atuando no processo que julgará a morte da menina de 2 anos por espancamento é Pablo Chaves, estagiário de Direito que ficou conhecido em Mato Grosso do Sul por conquistar na Justiça que o gato Frajola continuasse morando no condomínio que escolheu, mesmo sem um dono. Chaves agora faz parte da equipe de defesa de Stephanie de Jesus da Silva, 24, a mãe da criança, também ré pelo assassinato.

Diga ao povo, que fico – Com o troca-troca no primeiro escalão da Prefeitura de Campo Grande, correu a boca pequena que até o secretário de Saúde, Sandro Benites, que assumiu o cargo há menos de seis meses, perderia a cadeira. Ele nega que queira deixar a secretaria. “Nenhuma possibilidade”.

Sem comentários – Benites também não acredita que será demitido. “Somos do mesmo partido, tenho até ano que vem para ficar no cargo. A não ser que tenha alguma novidade pela frente. Quem define sempre é a prefeita [Adriane Lopes, PP]. Mas, por agora, nem tocamos nesse assunto”.

Orgulhoso – O governador Eduardo Riedel (PSDB) comemorou nas redes sociais foto recebida de Porto Murtinho. Na imagem, o pátio cheio de carretas carregadas, prontas para o embarque no porto local, para ele, “enaltecem a força da economia de Mato Grosso do Sul”.

Rota Bioceânica – Riedel aproveitou para falar da Rota Bioceânica, a menina dos olhos do governo. O projeto tem o objetivo de aumentar o potencial econômico  aproximando Mato Grosso do Sul dos grandes mercados asiáticos, como Japão, China e Índia, colocando o Estado num novo ciclo de desenvolvimento.

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