Beira-Mar usava esquema igual ao de marqueteira de Dilma
Em rascunho – A marqueteira Mônica Moura afirmou, em delação premiada, que criou no computador da ex-presidente Dilma Roussef (PT) uma conta de e-mail com nome e dados fictícios. A senha era compartilhada entre as duas, para que pudessem ‘conversar’ sobre a Operação Lava Jato.
Leu, apagou – Era um jeito de evitar que as mensagens ‘caíssem na rede’. As informações eram escritas no rascunho do e-mail, acessado por ambas, e assim que lidas, apagadas.
Fazendo escola – O mesmo esquema vinha sendo usado por familiares do traficante Fernandinho Beira-Mar, segundo a Polícia Federal. Era a forma de transmitir ordens do líder a membros da quadrilha em diferentes estados, incluindo Mato Grosso do Sul, para onde, inclusive, o criminoso pode ser novamente transferido.
Só cabeças – Ainda conforme a Polícia Federal, apenas alguns ‘cabeças’ da quadrilha tinham acesso à conta. Visualizavam as mensagens, que em seguida, também eram deletadas. Difícil é saber quem ensinou para quem a questionável técnica.
Mordaça – A assessoria de imprensa da prefeita Délia Razuk (PR), de Dourados, tem se notabilizado pelo silêncio. Além de o setor raramente responder às demandas encaminhadas pelo Campo Grande News, a chefia da Assecom adotou o hábito de romper o contato com alguns profissionais da área.
Miss em missão – Deputados estaduais tiveram que dividir a atenção na Assembleia Legislativa, ontem, com a estudante de jornalismo Isabela Cavalcante, a Miss MS. Ela esteve no plenário e tirou muitas fotos por onde passou, inclusive com os parlamentares.
Sem celulares – Não começou agora e já virou hábito o fato de participantes de reuniões fechadas, no âmbito tanto da Assembleia Legislativa quanto em outras esferas do poder, deixarem seus celulares do lado de fora. Cuidado extra contra eventuais gravações inoportunas, além de ajudar a manter o foco na conversa.
Algo de praxe – Este procedimento, inclusive, foi adotado na terça-feira (23), durante reunião com o governador, Reinaldo Azambuja (PSDB), na sala da presidência da casa estadual de leis. "Aqui na Assembleia faz um tempo que é assim, algo de praxe, no governo também já é um procedimento comum há anos", comenta Beto Pereira (PSDB).
Sem perder atenção – Amarildo Cruz também reconheceu que a medida é hábito nas reuniões do Legislativo, mas diz que não se trata de algo oficial. "É importante até para que não se perca a atenção com ligações durante a reunião", ponderou.
Silêncio – Reinou o silêncio após a condenação do ex-prefeito Gilmar Olarte, ontem, pelo TJ (Tribunal de Justiça). O político e sua defesa foram procurados durante todo o dia para comentarem a decisão, mas não houve manifestações.
(com Helio de Freitas, Leonardo Rocha e Luana Rodrigues)