De um lado ou de outro, queda de Dilma foi o assunto do dia
Resultado normal – Acima de uma imagem da bandeira brasileira, a senadora Simone Tebet (PMDB-MS) resumiu da seguinte forma ontem, no Facebook, o resultado do processo contra Dilma Rousseff: “O impeachment de Dilma é o resultado normal de uma democracia forte e consolidada”.
Questionado na Justiça – Sobre o fato de o Senado poupar Dilma, inclusive permitindo que ela dispute as próximas eleições, a peemedebista interagiu com seus seguidores nos comentários da mesma postagem. “Entendemos que a pena de perda de mandato e a perda dos direitos políticos é uma só. Isso será questionado na Justiça”.
Desafios de Michel – O senador Waldemir Moka (PMDB-MS) postou o anúncio oficial da posse definitiva de Michel Temer. “Um novo tempo, um novo governo. O presidente Michel Temer tem vários desafios. O Brasil enfrenta maior crise da sua história. Precisamos recolocar o país na linha do crescimento econômico e, sobretudo, aumentar a oferta de emprego”, escreveu.
Caminho da reconciliação – Mais novo na casa do que os dois anteriores, Pedro Chaves (PSC-MS), sucessor de Delcídio do Amaral, postou uma foto de si próprio e um comentário, assim concluído: “Com a consciência tranquila de que cumpri com meu dever cívico, votei, em meu nome, em nome de Campo Grande e do Estado de Mato Grosso do Sul, pelo impeachment da presidente. Espero que, doravante, o Brasil encontre o caminho da reconciliação, do fortalecimento do Pacto Federativo, do crescimento econômico e social e da geração de emprego e renda".
Pauta positiva – Em Mato Grosso do Sul, o desfecho da discussão sobre o mandato de Dilma foi bem visto pelo governador, Reinaldo Azambuja (PSDB), que manteve o discurso otimista em relação ao fim da gestão federal petista. “Espero que agora o País possa avançar com uma pauta positiva de desenvolvimento, crescimento econômico e geração de empregos”.
Rápidos – No horário eleitoral gratuito, à noite, já tinha José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, ocupando o espaço do correligionário Marcos Alex, para falar do “golpe” contra a “presidente eleita legitimamente”.
Na rua e no STF – O deputado estadual Amarildo Cruz (PT) disse que, com o impeachment de Dilma, tanto os movimentos sociais como os próprios petistas irão para as ruas em várias cidades protestar “contra o golpe”, além de recursos que devem chegar ao STF (Supremo Tribunal Federal). “Dilma mostrou que não há crimes e nem provas de que ela cometeu irregularidades”.
Presidente de fato – Na visão do presidente regional do PMDB, deputado estadual Junior Mochi, em Mato Grosso do Sul não haverá grandes mudanças com a confirmação de Michel Temer como presidente da República. “Temer já era presidente de fato. O que muda é o Brasil, que agora com um governo definitivo, poderá ser planejado a médio e longo prazo. O tempo ruim foi o da transição”.
Encarregados – Ainda segundo Mochi, os integrantes do PMDB na bancada federal – deputado federal Carlos Marun e senadores Simone Tebet e Waldemir Moka – junto com o ex-governador André Puccinelli, que tem boa relação com Temer, estavam responsáveis pelas indicações de nomes ligados ao PMDB estadual para cargos no governo federal e o comando de órgãos federais no Estado. “As indicações já foram feitas. Não acredito que vai haver muita alteração em relação ao que já estava sendo feito”.
Gravando ao vivo – A campanha eleitoral e seus detalhes pitorescos. Tem candidato a prefeito de Campo Grande anunciando que fará visitas em bairros, sem dizer quais, e outros falando que dedicarão tempo de agenda para “gravar programa ao vivo”.
(com Leonardo Rocha, Anahi Zurutuza e Mayara Bueno)