Defesa de suspeitos de crimes chocantes apela na estratégia
Comparação infeliz - O advogado Alessandro Farias Rospide, que representa o homem de 38 suspeito de estuprar e matar o menino Kauan Andrade Soares dos Santos, 9, equiparou o infortúnio de seu cliente ao da musicista Mayara Amaral, assassinada em um motel por dois homens, e depois jogada na região do Inferninho.
Argumento - "Vejam essa menina, todos falam do fato dela ter ido a um motel, como se diminuísse o assassinato", disse o advogado. "Não tem jeito, os fatos são revelados e a população já dá seu próprio veredicto", completou.
Vale tudo – A defesa do homem preso suspeito de atrair Mayara pela morte segue o caminho de imputar à vítima comportamentos dos quais não há como se defender mais. O advogado de Luis Alberto Bastos Barros, de 29 anos, preso pelo crime, vai tentar emplacar a versão de que ela é quem convidou os dois homens que a mataram para ir a um motel.
Manifestação em SP – A morte de Mayara está gerando mobilização nacional, principalmente dos movimentos femininistas e de defesa dos direitos das mulheres. Um grupo tenta organizar manifestação em São Paulo, exigindo que o crime seja investigado como feminicídio e não como latrocínio, como foi registrado.
Crise moral - O prefeito de Campo grande, Marquinhos Trad, ao comentar a sucessão de casos de violência em Campo Grande, ponderou que, nem mesmo a cidade contasse com a melhor estrutura de segurança, alguns crimes continuariam a ocorrer. Para ele, parte dos casos decorre do que chama de "crise moral". Na sequência dessa análise, o prefeito defendeu que o aumento das rondas preventivas ajudaria a ampliar a sensação de segurança na cidade.
Técnicos - O prefeito, durante evento na manhã desta sexta-feira (28), "comparou" a administração da cidade com a seleção brasileira de futebol que, segundo ele, sempre tem que lidar com milhares de técnicos. Entre eles, citou os veículos de comunicação e também os cidadãos.
Casal - Na lista dos novos promotores, que serão empossados em 10 de agosto pelo MPE, chamam atenção dois aprovados com o mesmo sobrenome. Mariana Sleiman Castriani Quirino e Mateus Sleiman Castriani Quirino são casados e foram aprovados no mesmo concurso.
Poucos presentes - Rumoroso por ter o filho da presidente do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) como acusado, o processo contra Breno Borges teve uma particularidade. A audiência em Água Clara tinha apenas três presentes: juiz, escrivã e promotor.
Foi virtual – A pequena quantidade de pessoas tem explicação. A maioria das testemunhas, incluindo o preso, e os advogados de defesa estavam em Três Lagoas, sendo ouvidos por sistema de teleconferência. Pelo mesmo sistema, participaram pessoas direto de Aquidauana e Campo Grande.
Rapidez – O promotor George Zarour Cezar afirma que a tecnologia da celeridade. “Um ritmo rápido ao proceso. Começou em abril e já está quase terminando a fase de instrução probatória. É menos tempo preso sem julgamento”, diz.
(Colaboraram Rafael Ribeiro, Mayara Amaral e Aline dos Santos