Expulso por juiz, advogado diz que "tem de ser protagonista"
Barraqueiro - Não foi a primeira vez que o advogado Willer Almeida arrumou confusão em plenário. Ontem, ele foi expulso por Carlos Alberto Garcete, durante audiência. Advogado do padrasto acusado de estuprar e matar a enteada, Willer foi retirado depois que decidiu servir copo de água a uma testemunha que chorava muito durante depoimento. Advertido sobre o “consolo” à testemunha, ele não perdeu a chance de “armar um barraco”.
Reincidente - O advogado parece “gostar” desse tipo de situação. Nas redes sociais, costuma publicar frases como “júri é presença e advogado tem que ser o protagonista”. Há seis semanas, postou vídeo em que aparece aos berros mandando o promotor baixar o tom de voz em audiência de outro caso. Como resposta, ouviu um “baixa o dedo”. Willer provocou ainda mais: “vai me bater agora”. E olha que, segundo o juiz, a audiência mal havia começado quando o bate-boca tomou conta. O contraditório é que, também nas redes sociais, publicou que júri “é um jogo de inteligência emocional”.
Requisitada – Diante dos burburinhos de que a senadora Soraya Thronicke (União Brasil) esteja de mudança para o Podemos, em que seria até eleita presidente da sigla em Mato Grosso do Sul, a assessoria informou que ela “sempre é procurada por outros partidos, mas não há nada oficial sobre mudança”.
Atestado – Mas esse não é o problema mais urgente na vida da senadora. Depois de enfrentar 10 dias de UTI, novamente ela foi afastada por orientação médica. Thronicke não respondeu a reportagem, pois segue de atestado por mais alguns dias para repousar e acertar a medicação. Nem a assessoria explicou se houve algum agravamento na alergia grave que a levou ao hospital.
LINS - No Direito, existe uma expressão que diz “o sujeito está em LINS” (lugar incerto e não sabido). Isso quando os denunciados não são encontrados pela Justiça para intimação. Pois este é o caso de parte dos réus de uma ação de ressarcimento movida pela prefeitura em 2016 e que ainda hoje patina na fase inicial.
Depois de 7 anos... - São 21 pessoas e também empresas acionadas para cobrança que começou com o valor de R$ 16 milhões referentes aos gastos com o Giza, um sistema de agendamento de consultas que nunca foi plenamente implantado. A ação foi apresentada na gestão de Alcides Bernal, houve uma manifestação inicial do ex-prefeito Nelsinho Trad e dos secretários de Saúde Luiz Henrique Mandetta e Leandro Manzina, entre outros réus.
E o tempo passa - No transcurso do tempo, o caso foi parar na Justiça Federal, onde tramitava uma ação de improbidade movida pelo MPF. Mas voltou à Justiça estadual quando se verificou que a verba federal liberada foi ressarcida à União e, portanto, tratava-se de recursos da prefeitura gastos à toa.
11 mil páginas - Desde março do ano passado, a busca é pela citação de todos. Pelo menos dez já responderam, mas quatro ainda não foram localizados. O juiz determinou consulta a bancos de dados oficiais para ajudar a encontrá-los. Nesse vai e vem, houve bloqueio de bens, alguns réus conseguiram liberação por meio de recurso ao Tribunal de Justiça, e o processo já reuniu mais 11 mil páginas.
Só sentença inócua - Sentença proferida pelo juiz da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, Ariovaldo Nantes Corrêa, determinou que o Detran não permita que empresas de vistoria de veículos utilizem os espaços da autarquia estadual. Problema é que nem há mais essa necessidade.
Empilhada - A resposta foi à ação movida em 2020 pelo Sindicato dos Servidores Públicos, contra uma portaria que admitia a possibilidade. Só que a decisão não vai produzir efeitos. Segundo o departamento, no mesmo ano, a situação foi solucionada. Mesmo assim, 3 anos empilhada na mesa de um juiz, a ação prosseguiu e agora foi julgada procedente.