Indígenas de MS ficam fora do governo de transição
De fora – Dono da segunda maior população indígena do País, Mato Grosso do Sul não foi contemplado na equipe do governo de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O grupo que tratará de políticas para os povos originários é composto por 10 integrantes, nenhum deles, lideranças originárias das comunidades indígenas do Estado.
Ligação – Juliana Cardoso, eleita deputada federal pelo PT e que fará parte da transição, não tem origem em Mato Grosso do Sul, mas tem ligação com o Estado. O pai dela, Jonas Cardoso, conhecido como Juruna, tem sangue Terena e é de Nioaque (MS). Na década de 60, ele migrou com parte da família para o estado de São Paulo, onde a filha nasceu, cresceu e fez carreira política.
De MS para o mundo – Apesar de não fazerem parte do governo de transição, lideranças indígenas de Mato Grosso do Sul têm tido papel de destaque em eventos internacionais. Na semana passada, o advogado Eloy Terena, da Aldeia Ipegue, falou ao Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas, em Genebra, na Suíça. Já a Conferência do Clima da ONU, que acontece no Egito, conta com a participação de Jânio Kaiowá, professor de história de Dourados, membro da coordenação da Aty Guasu (Grande Assembléia Kaiowá) e da Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil).
Doida por um debate – A senadora Soraya Thronicke (UB-MS) foi para a internet fazer ironia com a possibilidade de o Partido Liberal ir ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pedir a anulação das eleições. Já pensando que pode voltar a cena, participando dos debates, caso “o jogo seja resetado”, a parlamentar comentou: “candidato padre, corre aqui”, em referência ao embate cômico que teve com Padre Kelmon (PTB) antes do 1º turno.
Agora é ela – A entrevistada do programa Fantástico do próximo domingo será a senadora Simone Tebet (MDB-MS). Conforme divulgado pela coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, a repórter Ana Carolina Raimundi acompanhou, por quase uma semana, o dia a dia da terceira colocada na disputa pela Presidência deste ano. Tebet falou sobre suas convicções políticas e possível nova candidatura em 2026.
Mulheres no comando – Depois da Associação Beneficente de Campo Grande, mantenedora da Santa Casa, eleger a advogada Alir Terra Lima para presidir o hospital, a primeira mulher a assumir o comando da entidade, a Amamsul (Associação dos Magistrados de Mato Grosso do Sul) também passará a ser chefiada por uma juíza pela primeira vez. Mariel Cavalin do Santos foi eleita presidente da associação para o biênio 2023/2024.
Coral – O coral da Assembleia Legislativa passará a ser comandado por Nillo de Almeida Cunha Araújo, que já atua com o mesmo serviço no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. O contrato dele no Judiciário, assinado no dia 2 de agosto, é de R$ 166.050,00.
Até o Natal – A atual regente alegou problemas pessoais para deixar o cargo. Nillo terá poucas semanas para conseguir garantir a apresentação do grupo no Legislativo na Cantata de Natal marcada para o dia 20 de dezembro.
Recluso – Erisipela, que causou “ferida na perna” do presidente Jair Bolsonaro (PL), é um processo infeccioso na pele provocado por bactéria. De acordo com a Biblioteca do Ministério da Saúde, a infecção pode afetar pessoas de qualquer idade, mas é mais comum nos diabéticos, obesos e idosos. A erisipela não é contagiosa, mas segundo o vice-presidente Hamilton Mourão, a ferida impede Bolsonaro de vestir calças, o que explicaria o fato de o presidente estar “recluso” no Palácio da Alvorada desde o 2º turno das eleições.
No Planalto – Questionado sobre o motivo de Bolsonaro ter delegado tarefas ao vice, nesta quarta-feira (16), Mourão explicou: “É questão de saúde. Está com uma ferida na perna, uma erisipela. Não pode vestir calça, como é que ele vai vir para cá de bermuda?".