“Latada” de chefe da polícia de MS foi assunto fora daqui
“Latada” – “Latada” foi o termo usado por alguns delegados de fora de Mato Grosso do Sul para traduzir a confusão em que o ex-delegado-geral da Polícia Civil, Adriano Garcia Geraldo, se envolveu na quarta-feira (6), dois dias antes de “entregar” o cargo. No dicionário “goianês”, a gíria é sinônimo de enrascada.
Pressão – Garcia Geraldo pediu afastamento do comando da corporação, depois de se envolver em briga no trânsito e atirar três vezes contra o carro de uma jovem de 24 anos. A imagem do delegado já estava desgastada depois que, em novembro, vazou áudio em que colega afirma “na cara” do chefe que “não confia na polícia” e levanta suspeita dele estar trabalhando em favor do “jogo do bicho”. Pressionado pela opinião pública, Governo de Mato Grosso do Sul já avaliava afastá-lo do cargo, mas o martelo ainda não havia sido batido na tarde desta sexta-feira (18), quando a carta de demissão foi divulgada.
Reações - Além de virar assunto nas “rodinhas” de delegados do País, a saída de Adriano foi comemorada por parte dos colegas em Mato Grosso do Sul. Não é novidade que a Polícia Civil estava dividida em pelo menos dois grupos no Estado, e os aliados de Geraldo também não esconderam o desapontamento com o comportamento do amigo.
Vem aí – Depois do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) regulamentar a propaganda partidária gratuita em rádio e televisão, as direções dos partidos em Mato Grosso do Sul já começaram a pedir ao TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) autorização para as inserções na programação normal das emissoras. A Corte, por sua vez, já liberou a transmissão para alguns partidos.
Manda aqui – Até agora, o TRE já pediu que legendas como PSD, PP, PSOL e PL enviem o plano de mídia e a lista de emissoras que colocaram no ar as propagandas. Como esses partidos têm representação no Congresso Nacional, garantiram minutos divididos em 20 inserções de 30 segundos no primeiro semestre deste ano.
Analógico - O deputado federal Fábio Trad (PSD-MS) revelou que prefere escrever os discursos que faz na Câmara dos Deputados à mão, até achar o ponto certo. “Depois, passo a limpo na tela e mesmo assim, vou mexendo até o ponto final”, escreveu no Instagram.
Contador de “causos” - Governador Reinaldo Azambuja (PSDB) gosta de contar histórias de pessoas que tiveram a vida mudada após ações dos programas da gestão dele. Embora confunda os nomes, os “causos” são sempre destacados em seus discursos. Um deles, em Corumbá, foi da dona Joana ou Lourdes (citadas nas vezes que contou), que agora, colocou uma luz para fora da residência. “Eu perguntei pra ela: 'Essa luz é para espantar onça à noite?' e ela disse que não, era para dançar um baile no terreiro com os vizinhos”.
História na tribo - Outro “causo” foi do encontro com um indígena da Aldeia Guató, que recebeu energia elétrica com o programa Ilumina Pantanal. “Quando fui lá na casa dele, ele perguntou: ‘Quer água gelada, gelo ou tereré?’ e disse que tinha 82 anos, mesmo tempo que mora na aldeia. “O senhor propiciou algo que eu vou viver até os 100 anos”, disse o indígena, segundo Reinaldo. “Aí, ele abriu a geladeira e mostrou a paleta da capivara: ‘Agora não precisa caçar todo dia’. Ele pode pôr na geladeira e manter a sobrevivência”.
Na época do motor - Em outro momento do discurso, Azambuja relembrou o perrengue que sofreu sem energia elétrica na fazenda. “Vivi na época do motor. Quando eu casei com a Fátima, em 1983, eu fui morar numa fazenda. A energia era só com um motor barulhento para caramba que ficava perto do meu quarto. Mudei ele pra longe e puxei um fio de arame no meu quarto para não precisar levantar e ir lá desligar”.
Reencontro – Depois de passar bons bocados em 2021 por causa da covid-19, o vice-governador, Murilo Zauith (DEM), está aos poucos retomando a vida política. Nesta sexta-feira, esteve na posse de novos desembargadores do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) e, pela primeira vez, desde que deixou a Secretaria de Infraestrutura, em 2020, se reencontrou pessoalmente com o governador Reinaldo Azambuja, que brincou: “Saiu da toca”.