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Jogo Aberto

No adeus a ex-vereador, citação bíblica e colegas tristes

Waldemar Gonçalves | 23/09/2016 06:00

Pesar e versículos – Vereadores de Campo Grande prestaram homenagens ao ex-colega Alceu Bueno durante a sessão de ontem, na Câmara Municipal. Antes da abertura dos trabalhos, Herculano Borges (SD) pediu a palavra para lamentar a morte do ex-parlamentar e dizer que “ninguém merece o fim que teve Alceu Bueno”. Ao final, leu dois versículos da Bíblia.

Tristeza – Foi assim que a maioria dos parlamentares classificou o sentimento ao saberem da morte de Bueno. Alguns se disseram surpresos e consternados com todos os acontecimentos e pelo que classificaram como "forma trágica” da morte.

Ano perdido – “Este foi um ano para esquecer”, disse o vereador Francisco Telles (PSD) ao falar sobre o assassinato. Em 2016, além da morte do ex-colega, a Câmara viveu dias marcados pela eterna crise com o Executivo e desdobramentos de operações como a Coffee Break e Lama Asfáltica.

Vizinhos – Dentre todos, o vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), era o que aparentava estar mais abalado com a morte de Alceu Bueno. Os dois tinham relação próxima, inclusive moravam na mesma vizinhança, e chegaram a conversar por telefone um dia antes do assassinato.

Crueldade – Carlão foi um dos poucos a comparecer no velório e a prestar seus sentimentos pessoalmente à família. “Foi uma crueldade da forma como foi”, falou sobre os últimos momentos do amigo.

Bons peritos – Apesar de não revelar muitas informações sobre o caso Alceu Bueno, o secretário estadual de Segurança Pública, José Carlos Barbosa, elogiou ontem a rapidez do trabalho dos peritos. “É importante ressaltar a rápida e eficiente ação da perícia em identificar o corpo, mesmo ele estando todo queimado e com as digitais comprometidas. Tenho acompanhado de perto as investigações”, comentou.

Estratégia contra violência – Na Asembleia Legislativa, a morte de Alceu Bueno serviu de munição para discutir segurança pública. Ao lamentar o crime, o deputado estadual Lídio Lopes (PEN) aproveitou para defender que devem ser implantadas novas estratégias para combater ações criminosas, já que sequestros, assassinatos e roubos têm assustado a população de Campo Grande.

Mais investigação – Cabo Almi e Pedro Kemp, deputados estaduais do PT, também falaram sobre o assunto, pedindo uma política de segurança pública preventiva no combate à criminalidade. Entre os pedidos, a necessidade de fortalecimento do setor de investigação. "Resgate de presos em hospital, o assassinato do ex-vereador e casos de sequestros são os destaques de hoje na mídia", disse Kemp. 

Não tinha como prever – O delegado Marcelo Vargas, chefe da Polícia Civil no Estado, disse ontem que a polícia não tinha como prever o resgate de preso em um hospital de Campo Grande. Ele ainda negou que o detento fosse membro de alguma facção, mas diz acreditar que uma grande quadrilha esteja envolvida com ação, que lembrou muito ao de um traficante no Rio de Janeiro, recentemente.

Licença para campanha – Os deputados aprovaram a segunda licença ao colega Renato Câmara (PMDB), válida de 20 a 29 de setembro, sob a justificativa de que ele possa resolver assuntos de interesse particular. O peemedebista já havia dito que na reta final de campanha iria se dedicar às atividades em Dourados, onde concorre ao cargo de prefeito.

(com Leonardo Rocha, Richelieu de Carlo e Guilherme Henri)

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