Políticos ignoram lei e já pedem voto
Na cara - A Justiça Eleitoral, e os candidatos, tratam como pré-campanha as ações que os políticos estão fazendo há meses, mas o clima é de campanha sem tirar nem por. Alterada em 2015, a lei facilitou e permite “quase” tudo e a coluna tem sido provocada frequentemente por leitores com questionamentos sobre o tema.
Dupla – Desde que se filiou ao Podemos, o pecuarista Chico Maia é par constante do juiz Odilon de Oliveira, do PDT. Candidatos ao Senado e ao governo, respectivamente, a ultima aparição dos dois é em um vídeo no qual Odilon apresenta Maia aos eleitores e fala textualmente que, “se for eleito, ele trará uma grande contribuição ao governo do Estado”.
Precisa mais? Só não vê quem não quer o tom de convencimento ao eleitor no vídeo, que tem a logo de Chico Maia. O político também apareceu, dias atrás, em outdoors pela cidade. Detalhe: durante a campanha propriamente dita, os painéis são vetados.
Em dúvida - Os deputados Onevan de Matos e Maurício Picarelli garantem que vão continuar no PSDB. Mara Caseiro, porém, admitiu que está em dúvida sobre ficar ou não. Diz que ainda está estudando a situação.
Não tem como - Representantes dos servidores estaduais pediram apoio dos deputados para mudar o projeto de reajuste, definido em 3,04%. A proposta até foi retirada da pauta, mas o líder do Governo, Rinaldo Modesto (PSDB), disse que dificilmente a matéria será modificada.
Violência verbal- No protesto de ontem em que manifestantes defenderam que a Justiça determine a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Sivla tem gente que exagerou na hora de externar a rivalidade com o partido dele. Ao alertar sobre os cuidados para quem ninguém fosse vítima de atropelamento, quem puxava o microfone "brincou" que o grupo não queria ferir ninguém. "Mas os petistas pode".
Ops - Ao defender a aprovação do projeto que prevê a abertura de CNPJ para Guarda Civil, o vereador André Salineiro (PSDB), autor da proposta, disse que a medida vai permitir que não haja desvios na pasta municipal.
Peraí - Incomodado com a palavra 'desvio', o líder do prefeito Marquinhos Trad (PSD), vereador Francisco Almeida Teles, do mesmo partido, pediu para que a palavra fosse explicada. Salineiro disse, então, que quis dizer que o desvio a que se referia era a de finalidade.
Frustrou – Antes entusiasta da candidatura de Jair Bolsonaro (RJ) e da filiação do presidenciável ao PSL, Marcos Afonso foi para o PDT, tendo a ficha abonada por Odilon de Oliveira. A troca de rumo, segundo ele, deu-se tanto por discordâncias com os rumos da antiga legenda e, também, por uma “decepção” com Bolsonaro, segundo revelou ao Campo Grande News.
Vem mais – Afonso afirma que não foi o único a se frustrar com o presidenciável do PSL, sobre o qual, sem dar muitos detalhes, disse ver “incoerência dos atos em relação aos discursos”. Outros ex-militantes do partido devem, conforme o agora pedetista, buscar abrigo em diferentes legendas no entorno do PDT, caso do Podemos.
(Com Leonardo Rocha, Humberto Marques e Mayara Bueno)