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Rumos da Lava Jato tiram o sono de deputado de MS

Waldemar Gonçalves | 28/04/2016 06:00

Olho do furacão – Novas informações recolocam empresários sul-mato-grossenses no olho do furacão da Operação Lava Jato. Desta vez, segundo o Estadão, há suspeita de que Armando Peralta e Giovani Favieri tenham ligação com uma produtora que aparece na quebra de sigilo de uma das empresas do marqueteiro João Santana, responsável por várias campanhas do PT, atualmente preso em Curitiba (PR).

Sob suspeita – Peralta e Favieri são donos da VBC, produtora de Campo Grande que fez campanhas para o PT em vários estados. A dupla já foi citada na Lava Jato: teria intermediado empréstimo do Banco Schahin a José Carlos Bumlai. A suspeita é de que no caso desta negociação o dinheiro, R$ 12 milhões, teria ido direto para contas do PT, em uma troca de favores milionária.

Caso antigo – O Estadão lembra que a relação entre os empresários e o PT remonta ao governo de José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, hoje deputado federal. A VBC já trabalhou, por exemplo, em campanha para prefeito do também parlamentar Vander Loubet (PT). Peralta e Favieri costumam dizer que sua ligação com os petistas rendeu mais problemas do que lucros.

De tirar o sono – Em relação a Loubet, outras informações sobre a Lava Jato o estariam deixando sem sono. Há quem diga que as próximas fases da operação miram, por exemplo, BR Distribuidora, Transpetro, Sete Brasil e a área de marketing e comunicação da estatal. O parlamentar sempre manteve ligação próxima com alguns destes setores, por onde, acredita-se, saiu muito dinheiro para atender a favores de congressistas.

Papai Noel? – O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), chegou à Governadoria ontem cedo carregando uma lista com mais de 40 pedidos ao governador, Reinaldo Azambuja (PSDB). A maioria referente a obras paradas de recuperação de ruas da Capital. Otimista, disse que espera ganhar tudo até o fim do ano.

Bem comportado – Trata-se da segunda reunião do prefeito com o governador somente em abril. Na humildade e com cara de bom menino, Bernal diz que chegou ao fim o período de intrigas entre Estado e Município.

Vontade de ficar na cama - O frio interrompeu, pela primeira vez, a ação dos vereadores de Campo Grande nos bairros. Toda quarta-feira os parlamentares têm vistoriado, com afinco, obras paradas em Campo Grande. Segundo o presidente da casa de leis, João Rocha (PSDB), chegou a hora de compilar os dados das seis edições que percorreram mais de 10 bairros de Campo Grande.

Sem maquiagem – João Rocha adiantou ainda que os parlamentares devem voltar aos lugares vistoriados, onde tudo funcionava perfeitamente, até bem demais, já que o Executivo teria sido avisado com antecedência das visitas. O foco agora é checar o funcionamento das unidades visitadas “de surpresa” e sem aviso prévio.

Esperem por nós – O deputado estadual Junior Mochi (PMDB) comentou que o atraso de uma hora e meia em evento do governo do Estado, ontem, foi em função de um pedido dos deputados estaduais. Eles gostariam de participar da solenidade, mas precisavam antes votar projetos da Assembleia Legislativa e, depois, seguir para a Governadoria. A ocasião era a formalização da cedência de 822 professores para entidades de educação especial e entrega de kits escolares para 7 mil alunos destas instituições.

Medidas difíceis – O governador disse que o governo estadual precisou adotar medidas difíceis no ano passado para manter o equilíbrio financeiro em uma atitude corajosa, que foi o ajuste fiscal. “No Rio de Janeiro, a Justiça bloqueou dinheiro de convênios para pagar aposentados, e muitos estados têm dificuldade para manter o salário em dia, diferente de nós”, comentou.

(com a redação)

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