Se a prefeitura fosse uma empresa, já estaria falida
Crítico – A situação financeira da Prefeitura de Campo Grande está tão crítica que, mesmo com a necessidade de corte de gastos, se fosse aberto um programa de demissão voluntária de servidores não seria possível cobrir as despesas. “Para isso é preciso dinheiro, e esse dinheiro não existe”, afirma o secretário municipal de Finanças, Pedro Pedrossian Neto.
Precipício – Esse é apenas um exemplo. Mas, se ficarmos se nos restringirmos à análise de Pedrossian Neto para demonstrar o momento das finanças, eis uma real noção da situação: “Se a Prefeitura fosse uma empresa, já estaria quebrada. Estamos acima do limite prudencial para gastos com pessoal. Estamos na beira do precipício e cambaleando”.
Reajuste – Com isso em vista e necessidade prioritária em cortar despesas, falar em reajuste de salário é mexer em um vespeiro, que o vereador Hederson Fritz (PSD) resolveu tocar, ao levantar a questão do salário dos professores. “Vamos fazer o máximo possível para dar o reajuste, mas se eu cumprir o piso dos professores hoje, imediatamente, eu quebro a cidade”, afirmou o secretário de Finanças, em resposta.
Desabafo – Por fim, fica um desabafo de Pedro Pedrossian Neto. “Gostaríamos que a realidade fosse outra, gostaria de não ter que pagar R$ 183 milhões do antecessor. O destino nos levou a essa situação, temos que encontrar uma solução e essa solução é conjunta entre Executivo e Legislativo”.
Pouco colunável – Acostumado aos holofotes da high society, o colunista Dácio Corrêa pagou um mico enquanto servidor municipal. Nomeado oficialmente na segunda-feira (20), pediu exoneração do cargo na quarta (22). Em tese, permaneceu pouco mais de 48 horas no cargo, embora a nomeação fosse retroativa a 1º de janeiro.
Mudei de ideia – Na verdade, foram duas cartas. Uma pela manhã, justificando sua viagem ao Rio de Janeiro e mostrando conquistas e o muito a ser feito no Centro Multiuso "O Picolé", até então, sob sua direção. Poucas horas depois, veio o pedido de desligamento e desculpas, baseadas em "dever moral e funcional mediante a repercussão da viagem".
"O cara é bão" – Ao dar posse ao controlador-geral do Estado, cargo criado para fiscalizar gestão e finanças das secretarias e contas públicas, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) fez questão de ressaltar que o "o cargo é político, mas a nomeação tem base técnica". Ressaltou a experiência exitosa de Carlos Eduardo Girão de Arruda na CGU (Controladoria Geral da União).
Maus exemplos – O tucano aproveitou para dar uma bicada nas gestões anteriores, ao citar as funções da nova Controladoria, entre elas "evitar erros do passado que levaram o Estado a inúmeros problemas em diversas áreas". "Muito da crise fiscal veio de políticos muito equivocados em suas ações", completou, dessa vez referindo-se ao cenário nacional.
Controlador – Segundo Reinaldo, depois de arrumar a casa, o novo órgão chega para fiscalizar as contas. E, pelo visto, secretários terão de relatar cada centavo gasto. "Governo não pode ser só gerente de folha de pagamento", aponta o governador.
Tudo boato – O líder tucano também adiantou que está em andamento uma possível parceria público-privada para acelerar a implantação de saneamento básico nas 68 cidades atendidas pela Sanesul, descartando qualquer rumor de privatização da estatal.
(com Alberto Dias e Richelieu de Carlo)