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Taxa do lixo "movimenta" prefeitura

Marta Ferreira | 10/01/2018 06:00

Mudança de plano – No comando do Executivo de Campo Grande desde segunda-feira, Adriane Lopes (PEN) tinha sua primeira agenda pública ontem, para anunciar ampliação de vagas no setor de saúde mental da prefeitura. Teve que cancelar, em razão do imbróglio envolvendo a cobrança da taxa do lixo.

Decisões – Adriane era esperada na agenda às 10h, no Caps (Centro de Atendimento Psicossocial) mas cancelou para a reunião que discutiu como os contribuintes seriam atendidos para emitir o boleto do IPTU sem a taxa. Na coletiva sobre o assunto, ela chamou de “contratempo” a situação e disse que tudo será contornado.

De férias, mas ligado – O prefeito Marquinhos Trad (PSD) saiu de férias na segunda-feira e está em viagem com a família. Mas acompanha os episódios envolvendo a mudança na cobrança pelo serviço de recolhimento do lixo da cidade de onde está, segundo contou ontem o secretário de Planejamento e Finanças, Pedro Pedrossian.

Serão extra - Para o pessoal da área técnica, a decisão de permitir a impressão do boleto do IPTU sem a taxa do lixo significou trabalhar de madrugada para fazer a alteração nos sistemas. Ainda assim, de manhã demorou um pouco para que tudo engrenasse. 

Mais um – Depois de o vereador Vinicius Siqueira procurar o Supremo Tribunal Federal para tentar anular a taxa do lixo por meio do seu DEM, outro partido entrou na briga contra a cobrança na Capital. A direção estadual do Partido Verde acionou o Ministério Público de Mato Grosso do Sul contra o dispositivo.

Base – Presidente regional do PV, Marcelo Bluma afirma que os questionamentos ao MPMS envolvem tanto o fato de o município não ter respeitado os 90 dias de prazo para aplicação da nova taxa, como exige a lei, e a cobrança da mesma por metragem de terreno, e não a quantidade produzida. “Metragem quadrada não representa quantidade de lixo produzida”, alega.

Acertos – João Rocha (PSDB) vê como natural ajustes na legislação que resultou na criação da taxa do lixo, mesmo com os entraves na cobrança. “Há coisas em que ficam resíduos do passado, como na vida da gente. Tem o momento de arrumar”, afirmou o presidente da Câmara, admitindo que a nova cobrança até cria desgaste, mas se fazia necessária para as finanças públicas. 

Recesso branco – Embora as articulações políticas estejam fervilhando nos bastidores, o fim de ano tem sido de calmaria na administração da maioria dos partidos políticos. Depois de o PSDB aproveitar os feriados de Natal e Réveillon para o seu recesso, agora é a vez do PMDB cerrar as portas durante alguns dias, para sossego de seus funcionários.

Casa nova – Pedro Chaves pode voltar do recesso parlamentar em uma nova casa partidária. Atualmente no PSC, o senador vinha sendo sondado por outras agremiações desde que assumiu o mandato em Brasília. O PRB está entre as alternativas estudadas pelo parlamentar para participar da disputa eleitoral deste ano.

Partindo – A saída de Chaves não é a única que paira sobre o PSC. O suplente de deputado estadual Coronel David já havia praticamente encaminhado a filiação ao PSD junto ao presidente nacional do partido, Gilberto Kassad, e com o prefeito Marquinhos Trad. Porém, o ingresso no PSL do seu líder político, o presidenciável Jair Bolsonaro, pode alterar sua rota.

(Com Mayara Bueno e Humberto Marques)

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