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Jogo Aberto

Uber é capaz de unir eternos rivais de mercado

Waldemar Gonçalves | 08/02/2017 06:00

Eles e o Uber – Era enorme o número de pessoas na recepção do gabinete de Marquinhos Trad (PSD) ontem à tarde, aguardando para falar com o prefeito. Lá dentro, ele se reunia com representantes de taxistas e mototaxistas, que resolveram deixar de lado sua rivalidade de mercado para reclamarem de outro concorrente, taxado por eles de desleal: o Uber.

Andar na linha – O prefeito parece ter encampado a briga contra motoristas do polêmico aplicativo. "Eles precisam fazer vistoria, identificar os veículos e pagar seguro para passageiros".

Guerra – Marquinhos aponta que não quer subir o preço do Uber. Mas, considera que, depois de colocar o app dentro de “tudo que manda a lei", ficará difícil manter o preço tão baixo.

Muita gente – Enquanto Campo Grande conta com 490 táxis e 490 mototáxis, Marquinhos considera o máximo de 200 motoristas de Uber um bom número. Cogita expedir mais alvarás para taxis e mototáxis – uma maneira de aumentar arrecadação, agradar a categoria e coibir a expansão do aplicativo. "Eles estavam aqui muito antes", disse, se referindo aos táxis.

Na humildade – Com a agenda cheia, ainda está difícil para o chefe do Executivo chegar no horário em eventos externos. Durante encontro de prefeitos, segunda-feira (6), no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, Marquinhos chegou atrasado ao auditório e, de fininho, para não chamar a atenção, sentou-se na escada mesmo, onde ficou praticamente todo o tempo.

Bronca – Enquanto estava na escada, o prefeito conversou com o Campo Grande News. Questionado se o problema das invasões do Jardim Montevideu, norte da Capital, foi resolvido, confirmou que no local não foi erguida mais nenhuma parede. Parece que a bronca funcionou. "Se deixar, eles saem invadindo tudo por aí".

Incentivos – A Fiems (Federação das Indústrias de MS) promete apresentar ao governo uma alternativa à revisão dos incentivos fiscais das empresas, esta já anunciada como parte da reforma em elaboração no Executivo. "O presidente da federação, Sérgio Longen, ficou de apresentar uma proposta sobre isso e, assim que ele nos mandar, vamos abrir uma rodada de negociação, para discutir essas questões", disse nesta semana o governador, Reinaldo Azambuja (PSDB).

Nada de graça – Em resumo, o governo não quer dar benefícios a empresas que mantenha seus projetos apenas no papel, sem gerar receita ou empregos. A Fiems ainda não informou quando pretende apresentar uma sugestão de alternativa à revisão dos incentivos, nem qual é a ideia milagrosa.

Câmara quente – O ano legislativo começou quente na Câmara de Dourados. Na primeira sessão ordinária de 2017, a oposição à prefeita Délia Razuk (PR), que é maioria, fez barulho sobre as estradas rurais, aprovou requerimento para cobrar explicações em relação a recursos recebidos pela prefeitura e criticou a falta de contratação de professores temporários, que estão sendo substituídos por concursados.

Novatos – Por enquanto, a tropa de choque da prefeita, a maioria novata na política, está perdendo no embate com a oposição.

(com Alberto Dias, Helio de Freitas e Leonardo Rocha)

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