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Arquitetura

Fechada, Ary Coelho atrai curiosos que querem ver evolução da obra

Elverson Cardozo | 22/05/2012 15:13
 Fechada, Ary Coelho atrai curiosos que querem ver evolução da obra
Enquanto a Praça Ary Coelho segue interditada, idosos migraram para o Horto Florestal. (Foto: Minamar Júnior)
 Fechada, Ary Coelho atrai curiosos que querem ver evolução da obra
Jogo é uma das preferências entre o público. (Foto: Minamar Júnior)

Fechada desde agosto do ano passado para obras, a Praça Ary Coelho, a mais antiga de Campo Grande, virou motivo de curiosidade. Todo dia, pelo menos 10 pessoas, vão ali para "visitar" a obra e ver como vai ficar o espaço, que terá, entre uma das novidades, grades cercando o local.

O mestre de obras Airton Moreira, de 47 anos, que está na obra todo dia conta que a maioria dos visitantes são idosos, curiosos para saber sobre o fim da obra de revitalização. A Praça, que está em sua 16ª repaginagem, tem previsão de entrega no aniversário de 113 anos de Campo Grande.

Moreira afirma ainda que os trabalhos estão em ritmo acelerado e dentro do cronograma previsto. Na última semana foi instalado o novo coreto, o gradil foi instalado e foram iniciados os testes de pintura.

Entre funcionários contratados e terceirizados, aproximadamente 30 profissionais trabalham das 7h às 17h para dar conta de entregar a praça, “novinha em folha”, no aniversário da cidade. “Por ser local público você vendo isso depois de pronto e saber que participou é uma honra”, disse.

Segundo divulgou a Prefeitura, a reforma da praça deve ficar pronta até agosto deste ano, época em que a cidade completa 113 anos. O custo total da obra é de R$ 2,1 milhões.

Ansiedade- Para um grupo específico, a obra provoca ansiedade, para os idosos que, entre uma conversa e outra, costumavam passar o tempo jogando na Ary Coelho.

Por conta dos trabalhos, o espaço está fechado para visitação, mas o bate-papo, tão comum entre o público fiel, continua. O jeito foi migrar para o Horto Florestal.

Segundo a Guarda Municipal que faz a segurança da área, o número de idosos que passou a frequentar o local aumentou de um ano para cá.

Luiz Leite, de 75 anos, é um dos que resolveu ir para o Horto aguardar o fim das obras. Hoje, debaixo das sombras das árvores, admitiu que estava ansioso. “Acho que está demorando demais”, disse.

Enquanto a área não é liberada seu Luiz fica ali, junto com amigos, jogando dominó. “Eu bato umas pedrinhas”, brinca. O aposentando, que se diz “cliente do Dona Ziza” (Centro de Convivência do Idoso), frequenta o local todas as terças, quintas e sextas-feiras.

Não vê a hora de voltar à praça, mas faz algumas ressalvas. Espera, pelo menos, que a prefeitura tenha se preocupado em arrumar os banheiros, disponibilizado lixeiras e instalado placas de orientação. “Banheiro é o principal”, resume.

 Fechada, Ary Coelho atrai curiosos que querem ver evolução da obra
Idoso não vê a hora de voltar para Ary Coelho. (Foto: Minamar Júnior)

O aposentando Sebastião José da Silva, de 67 anos, é outro que aguarda, ansioso, para visitar a “nova” praça. Acredita que a obra vai satisfazer o público e dar uma nova roupagem à cidade.

Mas de nada adianta “boniteza”, declarou, se a segurança continuar do mesmo jeito. “A polícia tem que fazer rondas de modo que não tenha bate carteira”, declarou.

A Prefeitura assegura que o cercamento da Praça com grades metálicas é justamente para garantir segurança. O espaço vai fechar após as 23h.

 Fechada, Ary Coelho atrai curiosos que querem ver evolução da obra
Canteiro de obras. (Foto: Minamar Júnior)
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