Artistas mandam desenhos pelos correios e Leo cola em avenida

Numa intervenção inédita em Campo Grande, o artista Leonardo Mareco foi responsável por colar lambe-lambe de outros artistas, inclusive internacionais, na avenida Júlio de Castilho.

A prática é muito comum entre os adeptos da técnica do lambe e é, talvez, uma das únicas que permitem esse tipo de aplicação: à distância, pelas mãos de outro artista.

No caso de Leonardo, conhecido artista na Capital por suas intervenções urbanas, ele aplicou o desenho de três outros artistas, sendo um carioca, outro de Manaus e até um francês.

“Tive contato com a Kerol Kemblym (Amazonas) e com o Alberto Pereira (Rio de Janeiro) na minha ida ao RJ pra participar de uma residência artística. Lá conheci vários artistas e pudemos fazer trocas de arte, trouxe um lambe deles dois. Com o artista francês, ele me procurou por meio do Instagram, trocamos algumas mensagens e ele me enviou alguns de seus trabalhos que ainda estão sendo colados pela cidade”, conta.

Leo explica que a troca entre artistas do lambe é muito comum por ser um tipo de arte de fácil transporte, o que facilita enviá-los para outras partes do mundo. “Existem até festivais que fazem chamadas abertas para artistas enviarem seus trabalhos para serem fixados, já participei de alguns, no último enviei alguns lambes para Recife pra um festival que estava acontecendo por lá”.

Esta foi a primeira vez que Leonardo cola o lambe de outros artistas, mas, com certeza, não será a última. “Já entrei em contato com alguns outros artistas e vai rolar outras trocas futuramente. É muito massa esse poder de troca que o lambe proporciona, ultrapassar barreiras, poder levar seu trabalho pra outras partes do país e até do mundo”.

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