Documentário mostra a importância do cuidado e respeito com as araras
Equipe acompanhou as aves durante um ano, além de conversar com moradores e pesquisadores
Quem vive em Campo Grande sempre vai ser surpreendido por araras enfeitando o céu, com as cores azul, amarelo e vermelho bem vivas, além do barulho que elas costumam fazer, ainda mais quando estão em grupo.
E o objetivo do projeto “Campo Grande das Araras” é justamente valorizar esse animal que é um dos símbolos da cidade e que merece toda preservação e cuidado. Hoje, às 9h, no canal do Youtube da Sectur acontece o lançamento do documentário homonímo.
“Os vídeos têm a proposta de mostrar um outro olhar. Com imagens de drones, tentamos retratar ‘o que as araras’ observam lá de cima, quando sobrevoam a cidade”, detalha a diretora Lú Bigattão Rios.
Mais de 700 aves da espécie Canindé já nasceram nos mais de 300 ninhos monitorados pelo Instituto Arara Azul em Campo Grande. Como é explicano no vídeo, elas começaram a chegar na Capital em 1999, fugindo das secas severas e das queimadas no Cerrado e Pantanal e aqui encontraram um ambiente favorável e conseguiram se reproduzir.
A adaptação se deu por dois motivos principais: Campo Grande é considerada uma das cidades mais arborizadas do mundo. Além disso, as espécies de árvores nas ruas, praças, parques e quintais oferecem alimento e locais para a reprodução das aves.
Durante quase um ano, a equipe conversou com moradores, pesquisadores e outros apaixonados por araras. Além disso, foram acompanhados as próprias aves, o modo de vida delas nos ninhos e essa convivência harmônica entre o ser o humano e as aves na Capital.
O objetivo do projeto é conscientizar a população da importância dessas aves e incentivar a preservação da biodiversidade no ambiente urbano. O filme principal aborda a migração da arara Canindé do Pantanal Sul-mato-grossense para Campo Grande, suas causas e efeitos. O restante do assunto, ainda se desdobra em cinco outros vídeos de apoio, que ajudam a retratar os vários aspectos sobre o universo das araras.
A produção áudio visual é apenas um dos aspectos do projeto. Além dos vídeos, foi feito o projeto Bosque das Araras e Circuito das Araras.
O projeto Bosque das Araras incluiu a plantação de 50 mudas de árvores e palmeiras utilizadas na alimentação não só das araras, mas de outras aves e animais no Parque das Nações Indígenas. Essas árvores são da espécie bocaiuva e pindó, como pitomba, manduvi e cumbaru. O objetivo é que o Bosque funcione como mais uma ajuda na preservação das aves na cidade.
Já o Circuito das Araras é uma parte do projeto onde foram instalados totens que funcionam como centro de informações do projeto.
Em cada um deles, consta o endereço do site e um QR Code que dá o acesso ao conteúdo do projeto direto pelo celular. Os totens estão em cinco pontos da cidade: na Lagoa Itatiaia, na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, no Parque das Nações Indígenas, no Canteiro da Afonso Pena e na Locomotiva da Orla Ferroviária.
Com direção de Lú Bigattão Rios e Rosiney Bigattão, o projeto foi contemplado no Fundo Municipal de Cultura de 2019. Todo o conteúdo está disponível no site do projeto.
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