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Artes

Exposição exalta cultura terena com retratos de moradores da aldeia

Exposição traz retratos de moradores da aldeia e campanha para arrecadar fundos para projeto de dança

Bárbara Cavalcanti | 30/06/2021 06:30
Retratos de moradores da Aldeia Urbana Marçal de Souza feitos pelo artisata Ghva Maurício da Silva. (Foto: Divulgação)
Retratos de moradores da Aldeia Urbana Marçal de Souza feitos pelo artisata Ghva Maurício da Silva. (Foto: Divulgação)

O artista Ghva Maurício da Silva tem uma pesquisa de longa data na qual ele retrata povos indígenas. Agora, esses retratos ganharam uma exposição dos retratos de pessoas da comunidade Terena da Aldeia Urbana Marçal de Souza. Além de campanha de arrecadação para reativar o grupo de dança local.

São quadros de moradores de diferentes idades, desde crianças à adultos. Nas obras, ele utiliza tintas com pigmentação natural, feitas com a terra da própria aldeia, desenho e texturização nas formas da iconografia indígena.

Já é uma pesquisa de longa data de Ghva, e em seu perfil nas redes sociais, é possível ver quão fascinado ele é pelos povos nativos brasileiros e suas representações. Para esse projeto, o foco foi nos Terena.

Em suas redes sociais, o artista explica sobre a escolha da técnica. “O retrato é usado tradicionalmente na história da arte para enaltecer os nobres. Nesta produção, expõe a riqueza de nossos indígenas, elevando, enaltecendo e trazendo à comunidade a memória de importante liderança deste povo, que constitui a identidade cultural primeira de Mato Grosso do Sul”, é a legenda de um dos retratos.

Obras de Ghva que retratam pessoas de idades diferentes da Aldeia Urbana Marçal de Souza. (Foto: Divulgação)
Obras de Ghva que retratam pessoas de idades diferentes da Aldeia Urbana Marçal de Souza. (Foto: Divulgação)

“Espelho da Terra” é o nome da exposição que será lançada no sábado (3), entre 10h e 16h no canal do Youtube do artista. A exposição ficará disponível no Memorial da Cultura Indígena. Haverá também uma homenagem à liderança póstuma Enir Terena, primeira cacique mulher da Capital e uma das fundadoras da Aldeia.

E junto, há também o projeto “Terena Resiste”, que visa arrecadar fundos para a aldeia reativar o grupo de danças típicas da cultura Terena.

As obras de Ghva serão replicadas em alta resolução e vendidas em tamanho A3 com o autógrafo do artista. Toda renda será revertida para reativar o grupo de dança da comunidade, que desde pouco antes da pandemia, já carecia em apresentações.

De acordo com a produtora Carolina de Sena, esse projeto reforça a importância de existir um intercâmbio com todos envolvidos.

“Não só para o artista que faz as pesquisa sobre aquele povo, mas sobretudo, apoiar os protagonistas e sua causa. É também para que eles da aldeia, se reafirmem entre as pessoas, mas também se sintam parte, tenham esse sentimento de pertencimento à cultura Terena dentro da aldeia urbana”, expressa.

“Tudo o que eles utilizam, matéria prima para o figurino, até a própria confecção, é da aldeia de origem Limão Verde, que fica próximo de Aquidauana. E todo o dinheiro vai para que eles possam voltar a se reunir e se apresentar”, explica Caroline.

Mais informações estão disponíveis no Instagram do Projeto e do artista.

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