Fotógrafo de MS leva o Pantanal para exposição junto a Sebastião Salgado
Exposição “Pantanal e a Physis: olhar o presente para ver o futuro” está na Galeria Roberto Camasmie, em SP
A partir desta quinta-feira (25), em São Paulo, as belezas do Pantanal eternizadas pelas lentes do fotógrafo Alexis Prappas, da Capital estarão expostas juntos às obras de uma das maiores referências da fotografia mundial, Sebastião Salgado.
Intitulada “Pantanal e a Physis: olhar o presente para ver o futuro” a exposição reúne imagens de algumas das viagens de Prappas ao Pantanal, para mostrar a realidade de Bioma que se reinventa, cada vez mais belo, mesmo diante da seca ou das queimadas.
“A fotografia tem um peso muito forte para influenciar as pessoas e conscientizar. Ela tem essa característica de mostrar, por exemplo no Pantanal, a vida do homem pantaneiro e a situação difícil das secas e das queimadas. É uma mensagem que ajuda a despertar o interesse em entender um pouco melhor o que é o Pantanal e aliado a este trabalho, levar o nome de instituições que têm a missão de proteger a fauna, a flora e as reservas”, descreve Alexis.
Sob a curadoria do diretor geral do Museu Belas Artes de São Paulo, Roberto Bertani, Alexis Prappas leva para a capital paulista imagens de momentos bem distintos do Pantanal: a severa queimada de 2020 e o poder de perseverar da terra através da lida do homem pantaneiro e da natureza ressurgida em exuberância.
Aberta ao público até o dia 20 de janeiro de 2022, na Galeria Roberto Camasmie, em São Paulo a exposição, que também reúne obras de Sebastião Salgado, Victor Chahin e Bia Dória, alerta para a necessidade de voltar os olhos para proteger o bioma e o homem pantaneiro.
“São duas obras focadas na época da queimada e da seca, mostrando o Pantanal naquela situação, outras duas que revelam a comitiva pantaneira, e mais uma obra sobre a beleza imponente da Serra do Amolar e do Pantanal visto de cima”, explica Alexis.
Entre as 5 obras selecionadas para a mostra, está uma impressionante panorâmica aérea produzida em co-autoria com o filmmaker Giulliano Gondin. Juntos, Alexis e Gondin percorreram a região da Serra do Amolar, a mais afetada pelos incêndios de 2020, documentando a batalha contra as queimadas que também resultou no documentário “AMOLAR”.
Esse trabalho recebeu total suporte do Instituto do Homem Pantaneiro, à época dos acontecimentos, através de seu presidente Coronel Ângelo Rabelo.
“Testemunhar o Pantanal de 2020 foi assim, chocante. Literalmente você vê como a gente fica à mercê quando um incêndio daquelas proporções atinge uma região que está totalmente seca”, explica Prappas.
Na região o fotógrafo presenciou brigadistas, voluntários e bombeiros trabalhando dia e noite na tentativa de proteger as casas ribeirinhas e a natureza. “Foi bem difícil de conter. Na verdade, você não contem o fogo, você consegue proteger pequenas áreas, mas quando o vento vem, ninguém segura...”, narra. Para o fotógrafo, registrar este trabalho é documentar o presente, olhando para o futuro, justamente como diz a exposição.
“A fotografia é fundamental para que o fogo no Pantanal não seja esquecido. Capturar essa linha do tempo serve também pra que a gente não se esqueça que a resiliência da natureza tem muito mais poder que a do homem. Preservar o meio e sua cultura hoje significa preservar a nós mesmos amanhã.", concluiu Alexis Prappas.
Serviço: “Exposição Pantanal e a Physis - Olhar o presente para ver futuro”
Visitação: até 20 de janeiro de 2022 (entrada gratuita)
Endereço: R. Bela Cintra, 1992 - Jardins - São Paulo
Segunda a Sexta-Feira das 9h30 às 18h30/ Sábado das 10h30 às 14h
As imagens da exposição também estão disponíveis neste link.
O documentário “AMOLAR” está disponível, clicando aqui.
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