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Artes

Lélia Rita deixa cultura de MS em luto e cadeira vazia na Academia de Letras

A escritora e poetisa sul-mato-grossense morreu de covid-19 no último domingo

Raul Delvizio | 25/08/2020 11:32
Lélia em viagem à Muralha da China. (Foto: Arquivo Pessoal)
Lélia em viagem à Muralha da China. (Foto: Arquivo Pessoal)

A comunidade artística de Mato Grosso do Sul perdeu mais um nome de importância. Desta vez, a escritora e poetisa Lélia Rita Euterpe de Figueiredo Ribeiro, a “Lelinha”, que morreu no último domingo (23) aos 84 anos por complicações decorrentes da covid-19. Ela ocupava a cadeira de número 27 da ASL (Academia Sul-Mato-Grossense de Letras), e agora a deixou vazia.

“Ela representou a cultura do nosso Estado com ampla singularidade. Criou a Casa da Memória Arnaldo Estêvão de Figueiredo, localizada na Avenida Calógeras esquina com Rua Barão do Rio Branco, onde história e cultura caminhavam juntas. Escritora e amante das artes, tem lugar destacado na história de MS como uma das mais influentes personalidades”, lamentou o jornalista João Carlos Silva.

Lélia Rita foi quem realizou alguns dos primeiros programas e projetos de Levantamento do Patrimônio Histórico, Cultural e Artístico de MS. No aspecto literário, lançou 11 publicações, entre poesias, ensaios e livros. Academia de Letras, participava efetivamente desde 1986. A ASL emitiu uma “profunda” nota de pesar e ressaltou a história da poetisa.

Outro conhecido nome, o literato Paulo Coelho Machado já havia se referido à escrita de Lelinha com ternura: “[sua] poesia vem repassada do espírito de sua época e traduz muito docemente a aflição maior do povo de sua terra natal [...], encantadora maneira de praticar a cisão do Estado, sem provocar derriças”, ele escreveu em um dos seus livros.

Grutas de Bonito – Lélia também foi quem intercedeu na compra das duas grutas pelo Governo do Estado na cidade de Bonito. Na época, propriedade de cavidades naturais subterrâneas não eram muito bem definidas na legislação. Mas por cuidado e preocupação, ela, enquanto era diretora do Departamento de Cultura de Mato Grosso do Sul, providenciou o primeiro mapa da Gruta do Lago Azul.

Hoje, o conhecido ponto possui um levantamento topográfico detalhado além do plano de manejo turístico graças ao projeto proposto em 1984 por Lélia Rita Euterpe de Figueiredo Ribeiro.

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