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Artes

Morre Adilson Schieffer, artista visual que eternizou cultura indígena kadiwéu

Adilson estava internado na UTI neste fim de semana, após descobrir uma trombose na perna

Por Gabriela Couto | 28/01/2025 14:39
Morre Adilson Schieffer, artista visual que eternizou cultura indígena kadiwéu
Adilson segurando duas obras de arte de sua autoria (Foto: Arquivo pessoal)

O artista plástico Adilson Schieffer Martinez, de 67 anos, morreu nesta terça-feira (28), após uma parada cardíaca. Ele lutava contra problemas de saúde que se intensificaram desde outubro do ano passado, com complicações no coração.

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O artista plástico Adilson Schieffer Martinez, de 67 anos, faleceu após uma parada cardíaca. Reconhecido por preservar a cultura indígena kadiwéu, Adilson era essencial na arte sul-mato-grossense. Ele se dedicou à iconografia indígena e ao resgate de símbolos arqueológicos. Natural de São Manuel (SP), consolidou sua carreira em Campo Grande, fundando a Unidade Guaicuru de Cultura. Recentemente, vivia em Junqueirópolis (SP) e planejava criar obras religiosas. Deixa esposa, duas filhas e três netos. O velório ocorre hoje e o sepultamento amanhã.

Adilson estava internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neste fim de semana, após descobrir uma trombose na perna, e a suspeita é que o trombo tenha se deslocado para o coração, resultando na morte.

Essencial na arte sul-mato-grossense, ele era reconhecido por seu trabalho na preservação e promoção da iconografia indígena, com destaque para a etnia kadiwéu, e pelos seus projetos voltados ao resgate de símbolos arqueológicos da região.

Natural de São Manuel (SP), ele se mudou para Campo Grande, na década de 1980, e foi aqui que consolidou sua carreira, dedicando-se à pesquisa e à criação de obras que dialogavam com as tradições indígenas locais, especialmente o Pantanal e a cultura guaicuru e kadiwéu.

Adilson também foi um grande curador de arte, tendo fundado a Unidade Guaicuru de Cultura e sido cenógrafo da TV Educativa, onde trabalhou por sete anos. Sua paixão pela natureza do Pantanal e pelo estudo da arqueologia o levou a representar, de forma única, as histórias e símbolos que formam a identidade da região.

Em novembro de 2023, Adilson passou a viver em Junqueirópolis (SP), a 443 km da Capital, onde continuou imerso no seu trabalho criativo. Nos últimos tempos, ele manifestou o desejo de produzir obras religiosas, voltadas para a iconografia católica, com especial interesse por gravuras de Maria.

A filha do artista, Raíra Fernanda Martinez Guimarães, emocionou-se ao relatar que no último sábado (25), ele pediu pincéis, mas não teve tempo de concluir seus trabalhos. "Ele morreu sorrindo, a alegria dele contagiava todo mundo", afirmou.

Adilson deixa um legado artístico profundo e um legado na cena cultural de Mato Grosso do Sul. O velório acontece na tarde de hoje e o sepultamento está marcado para amanhã (29), às 9h, no cemitério local. O artista deixa duas filhas, esposa, e três netos.

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