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Artes

Motirô é projeto coletivo que valoriza arte e quer fazer Orla Ferroviária vingar

Projeto começa com a construção da Galeria 118, mas envolve uma Eco Pousada, Laboratório de Artes e até Cozinha Experimental

Thaís Pimenta | 25/03/2018 07:20
Entre arquitetos, contadores, artistas, empresários e jornalistas, o Motirô se mantém na força do coletivo. (Foto: Paulo Francis)
Entre arquitetos, contadores, artistas, empresários e jornalistas, o Motirô se mantém na força do coletivo. (Foto: Paulo Francis)

Para dar visibilidade aos trabalhos de artistas que Guido Drummond, o Lord Trash, criou o projeto Motirô. Da língua tupi, a palavra significa “reunião de pessoas que plantam juntas para colher juntas”. O projeto iniciado em Corumbá chegou a Campo Grande trazendo iniciativas que vão além de abrir portas para profissionais. Quer também promover ações que estimulem a valorização da cultura e da identidade campo-grandense.

A ideia começa pra lá de audaciosa, estruturada em quatro eixos integrados: a implantação da Galeria 118, criação de uma Eco-Pousada, de um Laboratório de Design e ações para revitalização e ocupação da Orla Ferroviária. “O Motirô reúne pessoas nos seguimentos da economia criativa, cultural e empresarial de Mato Grosso do Sul, mas também de Natal (RN) e de Lisboa, para criar em Campo Grande um modelo de cidade sustentável, criativa e inclusiva, com forte atrativo eco-turístico e desenvolvimento econômico,” argumenta Guido.

O que era um projeto se tornou um movimento que defende a retomada de importantes projetos culturais esquecidos pelo poder público, que diante do cenário econômico alega não ter recursos para projetos como de revitalização da Orla Ferroviária.

Em 2012 a prefeitura de Campo Grande tentou fazer da região um espaço de convivência, lazer e turismo, porém episódios como o incêndio dos vagões instalados no local em 2017, a aglomeração de moradores de rua e usuários de droga, enfraqueceram a iniciativa.

Guido é quem está a frente do Motirô. (Foto: Paulo Francis)
Guido é quem está a frente do Motirô. (Foto: Paulo Francis)

Diante da situação e por acreditar no potencial da região como atrativo turístico e cultural, o grupo de pessoas que compõe o Motirô se torna uma esperança para resgatar espaços como esse. O movimento é o apoiador oficial da Galeria 118, que está em fase de implementação na Rua dos Ferroviários, esquina com a Avenida Mato Grosso.

"Quero promover o intercâmbio de informação entre Campo Grande, Corumbá, Portugal, Londres e Inglaterra, que são países nos quais eu morei por mais de 30 anos. Lá o Motirô já tem apoio do Instituto Rez do Chão, por exemplo", detalha Guido.

Com a criação da galeria localizada numa região tão rica historicamente para Campo Grande, o Motirô coloca-se no mercado como uma startup de projetos de economia criativa, sustentabilidade e inclusão social que também quer colocar o bairro Cabreúva no patamar de Distrito Cultural de Campo Grande. 

Na Galeria 118, a longo prazo, a proposta é gerar renda por meio da economia criativa, solidária e sustentável, com os serviços da Cozinha Experimental, com venda de alimentação e bebidas, servindo opções da gastronomia regional e internacional.

Os parceiros de Guido entraram nessa sabendo que, a princípio, o voluntariado seria a base do Motirô. "O dinheiro é consequência a longo prazo", explica ele. Com o apoio de Rodrigo Hata, Thiago Petillo, Nayane Andrade de Oliveira, Arthur Ferreira, Nane Schneider, Camila Zavalo, Rodolfo Affini e Taynara Andrade, a engrenagem começa a andar, pouco a pouco.

Um dos projetos já em encaminhamento tem apoio da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) e pretende reaproveitar as garrafas de vidro descartadas pelos bares da Capital e reutilizá-las, criando luminárias estilizadas no Laboratório de Design e Ateliê. "Pretendo ensinar pessoas que tenham interesse e, até mesmo, criar uma linha comercial para venda dessas peças de decoração".

Acompanhe as novidades do Motirô no link.

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