Nas fotos de perfil, Geovanna brinca de surrealista e mostra bastidores
Aos 17 anos, ela se considera criadora de conteúdo digital com imagens de perfil pra lá de diferentes – editadas ao extremo
Na cabeça de Geovanna Cervieri de Paula, estudante de 17 anos, a imaginação sempre correu solta. Porém foi "brincando" de se maquiar e fazer registros com a câmera fotográfica, acabou por descobrir uma paixão: os autorretratos surrealistas. A cada foto de perfil, um novo estilo, tudo editado detalhadamente nos meios digitais. Assim, não somente impacta à primeira vista, mas revela ainda para além do seu estado de humor.
"Por mais que eu sempre adorei o mundo da maquiagem, nunca tive paciência nessa coisa dos 'desafios' ou de criar meus próprios tutoriais como fazem certos youtubers. Quando comecei o lance das edições diferentonas, totalmente fictícias e com uma pegada artística, percebi que aquele sim era o nicho que eu mais me encaixei. Agora, as edições fantasiosas estão no meu coração", afirma.
Assim como muitos millennials (aqueles nascidos a partir dos anos 2000), ela aprendeu a photoshopar tudo sozinha. "Fui testando e mexendo no próprio programa, além de assistir muitos vídeos no YouTube que me ajudaram bastante. Tudo que eu aprendi foi na cara e na coragem, na prática mesmo", revela.
Na fotografia, são os autorretratos o seu estilo preferido. Geovanna ressalta que no processo criativo, muitas vezes demora mais na edição da imagem do que necessariamente na hora do clique. "Existe um universo inteiro de possibilidades na edição. Tem vezes que coloco maquiagem no real, deleto no virtual ou até depois insiro novamente".
"Quando eu acordo inspirada, faço uma make rapidinho, preparo a foto – tudo improvisado no meu quarto – e levo praticamente uma tarde inteirinha para deixar o resultado final pronto. Em média, são pelo menos 5 horas de manipulação digital da imagem antes de compartilhar no meu perfil do Instagram", explica.
Geovanna faz tratamento de pele, iluminação, colore a imagem, altera o fundo, adiciona elementos fictícios e assim vai. "Gosto dessa pegada bem fantasiosa, meio que irreal, mas sempre deixando claro aos seguidores sobre os making of, afinal ali o real e o digital se confudem". Inclusive, posta vídeos em que mostra os bastidores de criação.
"Funciona assim: tiro as fotos com o meu celular e manipulo a que considero melhor usando o tablet que ganhei de presente de aniversário do meu pai e minha tia. Antes, fazia tudo que era ilustração digital só no celular, com uma caneta improvisada. Quando comecei a usar o tablet – que inclusive já vem com uma caneta adequada – facilitou demais o processo. Mas a verdade é que para brincar com a criatividade independe de equipamentos, basta treino e dedicação", considera.
Ainda sem ganhar renda como criadora de conteúdo digital, ela um dia sonha que isso se concretize. Por enquanto, neste início de ano, está fazendo provas de vestibular. "As pessoas gostam das edições e até me inspiram a fazer uma imagem relaciona a uma série ou filme. O feedback é muito positivo, e gosto de chamar a atenção pela minha arte, de ver eles compartilhando e comentando. Essa interação é essencial porque me motiva. Só de ter isso já sou agradecida", finaliza.
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