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Comportamento

A cada venda, Maria também produz máscaras para doação

A costureira diz que trabalho e solidariedade caminham juntos, por isso, resolveu vender e doar máscaras ao mesmo tempo

Thailla Torres | 03/05/2020 07:23
Maria costurando em seu atêlie, no bairro São Conrado. (Foto: Kísie Ainoã)
Maria costurando em seu atêlie, no bairro São Conrado. (Foto: Kísie Ainoã)

Em meio à pandemia do novo coronavírus, um dos produtos mais procurados pela população agora são as máscaras. E o que não falta é gente produzindo o item para venda na cidade. A costureira Maria do Socorro Acioli, de 48 anos, foi pelo mesmo caminho, mas se destaca produzindo, também, peças para doação no Bairro São Conrado.

Todos os dias ela senta na frente da máquina de costura e produz máscaras de tecido, 100% algodão, e sem descanso até no feriado do Dia do Trabalhador. “Estou produzindo todos os dias. Desliguei a máquina agora só para te atender e depois voltarei a costurar”, explica por telefone.

Recentemente, ela doou mais de 60 máscaras para profissionais da saúde na região em que mora e também outras dezenas para profissionais da Secretaria Municipal de Sáude. “Eu senti essa necessidade por ver a importância de uma máscara e a falta que ela tem feito para alguns profissionais”, diz.

Além de trabalhadores da saúde, Maria tem produzido para moradores em bairros distantes. “Sempre que alguém me fala que há um grupo de pessoas precisando eu produzo um lote de máscaras para doação”.

Para venda, ela faz máscaras combinando com feixa de cabelo. (Foto: Kísie Ainoã)
Para venda, ela faz máscaras combinando com feixa de cabelo. (Foto: Kísie Ainoã)

Maria também vende o item, para que seja possível adquirir mais material e garantir um grana para pagar as contas, já que os pedidos de costura caíram consideravelmente nesta pandemia. Mas, o preço é bem menor comparado a outros locais da cidade. "Por atacado eu cobro R$ 3,00 a máscara e no varejo ela custa R$ 5,00”, conta. E você também pode pagar um valor extra e encomendar faixas de cabelo para combinar com a máscara.

Natural de Presidente Venceslau, interior de São Paulo, Maria relata que a ideia veio após costurar para outro grupo de mulheres que promove doações na cidade. “Uma moça me chamou para costurar e achei a ideia muito bacana. Sempre participei de trabalhos voluntários, e penso que sempre podemos ajudar um pouquinho com o que a gente tem a oferecer”.

Mais do que isso, Maria, que tem ficado em casa na maior parte do tempo, diz que procura orientar a população quando vai ao mercado, por exemplo. “Eu não saio muito de casa, mas quando preciso ir ao mercado vejo pessoas na rua sem máscara, então converso de longe falando da importância dela. Acho que esse é um momento de informar porque muitas pessoas não estão se cuidando, e isso não é uma brincadeira. Só sinto que haverá melhora se vivermos daqui pra frente pensando no coletivo”.

Quem tiver interesse, pode falar com Maria pelo WhatsApp no telefone (67) 99814-6196.

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Ela também doa metade de sua produções para profissionais da saúde e a comunidade onde mora. (Foto: Kísie Ainoã)
Ela também doa metade de sua produções para profissionais da saúde e a comunidade onde mora. (Foto: Kísie Ainoã)


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