À mão, Lindéia fez mil sapatinhos de bebês para doar às mães em hospital
Aos 93 anos, ela faz toda semana as peças de crochê que aquecem os pés das crianças que nascem no Humap
Lindéia Maria Pereira de Oliveira Campos, de 93 anos, tem mãos habilidosas para o crochê. Experiência é o que não falta no currículo da senhora que confeccionou e doou 1000 sapatinhos para recém-nascidos do Humap (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian), em Campo Grande.
A aposentada dedica parte do tempo e investe o próprio dinheiro nas compras dos materiais que utiliza para crochetar os pares de sapato. “Faço 10 pares por semana. Minha filha embala para presente e leva para a técnica de enfermagem Zezé, que é quem faz as entregas às mãezinhas internadas. Então, são quase 1000 nesses 2 anos”, diz.
Maria Cristina Pereira Campos Silva, de 52 anos, é a filha em questão. Funcionária pública, ela trabalha na maternidade do hospital e comenta o orgulho que sente em ver a mãe tão dedicada a ajudar o próximo.
“Sinto orgulho demais da minha mãe. Ela sempre foi solidária, caridosa e prestativa. Sempre gostou de ajudar. Ela é um exemplo para todos que a conhecem e é uma benção tê-la com 93 anos lúcida, saudável e ainda fazendo o bem”, destaca.
Nos últimos dois anos, as três mulheres se organizam para que esses sapatos cheguem até as mães e crianças. Antes da produção ser direcionada para o hospital, Lindeia explica que doava para quem pedia.
“Comecei há muitos anos. Fazia para amigas, parentes e também para quem pedisse. Nunca vendi, sempre dei os sapatinhos. Aí minha filha começou a trabalhar na maternidade do HUMAP e então tivemos a ideia de eu fazer e ela levar para as mãezinhas internadas lá”, conta.
As peças são feitas com muito cuidado e carinho pela senhora que garante ficar feliz em estar contribuindo de alguma forma com os pequenos e as mamães. “Fazer os sapatinhos pra mim é uma terapia, faz eu me sentir produtiva. Fico satisfeita demais em saber que estou dando um presente singelo, mas feito com todo carinho. Faz bem pra quem recebe, mas para mim a alegria é maior ainda. [...] É uma maneira de fazer caridade e saber que ajudo a esquentar os pezinhos de tantas crianças me faz feliz demais”, afirma.
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