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Comportamento

Abandone o pijama e arrume o cenário na hora da reunião on-line

Não dá para botar a cara na frente da câmera de qualquer jeito, por isso, especialistas dão dicas.

Thailla Torres | 28/04/2020 06:35
É preciso estar atento no cenário, figurino e concentração durante reuniões de trabalho online. (foto: Henrique Kawaminami)
É preciso estar atento no cenário, figurino e concentração durante reuniões de trabalho online. (foto: Henrique Kawaminami)

A pandemia trouxe mudanças e incertezas que exigem flexibilidade e equilíbrio, tanto nas relações pessoas quanto profissionais. Com o “boom” do home office, termo que não necessariamente é só um trabalho em casa, uma pessoa pode trabalhar em cafés, hotéis, aeroportos, táxis, parques…ou em casa, trabalhadores se viram na obrigação de reuniões e eventos agendados em aplicativos e outras plataformas que permitem a comunicação. Com isso, o trabalho remoto também passou a exigir cuidados, mesmo para aqueles que acreditam que o trabalho a distância não é o mais adequado.

Isso significa que não dá para botar a cara na live, chamada de vídeo ou teleconferência de qualquer jeito, muito menos de pijama ou em um cenário que a família inteira interfere atrás. É preciso alguns cuidados para se sair bem, especialmente nas reuniões.

Cuidar do cenário também torna o trabalho mais produtivo. (Foto: Douglas Raldi)
Cuidar do cenário também torna o trabalho mais produtivo. (Foto: Douglas Raldi)

Tathyanne Souza, 35 anos, é psicóloga e gerente de recursos humanos da empresa Digix. Ela explica que alguns comportamentos devem ser semelhantes aos de uma reunião presencial, por exemplo, pontualidade, foco e atenção no assunto, além de respeito com o facilitador da reunião. “Além desses, temos que estar atentos para não deixar o microfone ligado quando não está falando: geralmente os ruídos atrapalham a concentração dos demais participantes e não atender o celular durante uma reunião. Isso pode ser interpretado como uma falta de interesse no assunto e desestabilizar a reunião”, explica.

Estar com o espaço físico bem preparado também está no topo das sugestões. “Para uma boa reunião on-line, é importante que todos estejam prontos, ou seja, com equipamentos funcionando, bom sinal de internet e pauta definida. É importante também estabelecer alguns combinados, como ordem de falas”.

Isso inclui o cenário, detalha. “O ideal é evitar locais que sejam passagem de pessoas para não ter nenhuma situação de constrangimento. É importante também sempre conferir se o áudio está desligado antes de falar com alguém que está fora da reunião e desligar a câmera caso precise levantar para fazer algo”, destaca.

Wity não abre mão de um look para o home office, o que ajuda na disposição.
Wity não abre mão de um look para o home office, o que ajuda na disposição.

Além das ferramentas e cenário, o comportamento pode ser avaliado até mesmo pelo figurino de quem resolve aparecer em frente às câmeras. Ninguém vai a uma reunião de pijaminha, ou seja, não é de bom tom aparecer na reunião on-line de qualquer jeito. A consultora de estilo e moda, Witi Prado, é do tipo que descomplica tudo em frente ao guarda-roupa, inclusive, no home office. “Não é porque não estamos fisicamente presentes que cabe estarmos totalmente informais. É possível sim um visual levemente mais casual, mas seguindo ainda uma ética do bom senso. Quem tem um trabalho formal pode se vestir adequadamente como se estivessem in loco. E nada de pregar armadilhas e vestir só a parte de cima e depois ter que levantar cometendo uma gafe”, explica.

Ela explica que um cuidado notável ao figurino carrega um apreço, e passa mais credibilidade. “Tirar o pijama ao acordar, se ajeitar, colocar aquela roupa apresentável, altera a disposição e produtividade. Nossas roupas carregam sensações quando as usamos e informações visuais pra quem vê, a começar por nós”.

Na hora de escolher a melhor roupa, caso você não seja do time dos formais, Wity sugere cautela em itens que possam chamar mais atenção do que a fala. “Na dúvida opte por itens mais neutros, lisos, cores mais sóbrias”.

E como nem tudo são flores, a psicóloga Tathyane também sugere menos cobrança. “Com o fechamento das escolas, temos que ser tolerantes com as interrupções das crianças que também querem (e merecem) um pouco de atenção. O ideal é ter uma rede de apoio para revezar no cuidado com os filhos, mas nem sempre isso é possível. Então, não se cobre tanto e alinhe com as pessoas do trabalho sobre pausas que eventualmente você tenha que fazer”, diz.

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